O deputado estadual Hermano Morais (PV) continuava, até a noite desta segunda-feira 11, internado em um hospital de Recife (PE). No sábado 9, após sentir um mal-estar, o parlamentar foi hospitalizado. Ele estava passando o feriadão da Independência com familiares na capital pernambucana.
Hermano foi diagnosticado com um aneurisma cerebral. No domingo 10, ele fez um procedimento invasivo que detectou uma “má-formação arteriovenosa cerebral”.
Foi essa má formação, segundo a assessoria do deputado, que gerou os sintomas do mal-estar – não houve rompimento do aneurisma. Hermano continua internado e aguarda para passar por um novo procedimento cirúrgico – que deverá ser realizado até o próximo fim de semana.
Familiares do deputado dizem que ele segue estável, consciente e bem humorado.
O QUE É ANEURISMA
O aneurisma cerebral é uma doença silenciosa que, se não for diagnosticada e tratada a tempo, pode gerar complicações graves de saúde e risco de morte.
O neurocirurgião potiguar Eduardo Ernesto da Costa conta que, se má formação for muito grande e não for isolada do sistema circulatório, pode romper e causar uma hemorragia. Essa condição gera dores intensas e leva ao óbito ou provoca sequelas graves em cerca de 50% dos pacientes.
Hermano Morais não teve rompimento – e sim recebeu o diagnóstico de que tem a má formação, provavelmente em estágio de crescimento.
O médico explica que o aneurisma cerebral consiste na dilatação de uma artéria que passa pelo cérebro. Essa espécie de inchaço da artéria gera uma fragilidade naquele ponto da circulação – o que pode levar, em casos graves, a rompimentos da estrutura. A doença só se torna sintomática quando ele cresce ou eventualmente rompe.
As condições que favorecem a ocorrência do aneurisma são tabagismo e controle inadequado de pressão alta.
Quando ele cresce e/ou rompe, é que o quadro fica mais grave. Por ser uma doença silenciosa, muitas vezes só é descoberto em exames de rotina. Quando ocorre o diagnóstico, o médico avalia a extensão do problema e verifica se há necessidade de tratamento ou se o paciente pode conviver com a condição.
Quando o médico identifica necessidade de intervenção, o tratamento consiste no isolamento da má formação do sistema circulatório.