Fico com esta questão na cabeça. A mulher, contra todas as expectativas, botou o Estado em dia. E lembre-se, caro leitor, que tinha até bolão público em setores da imprensa dando conta de que Fátima Bezerra (PT) não passaria do seu primeiro ano como governadora, com o atraso de mais uma folha, que no caso seria a quinta (quatro foram herdadas abertas).
Agora, após números publicizados pelo Mapa da Violência, fica claro que os concursos, promoções e investimentos nas polícias surtiram efeito, fazendo os indicadores de insegurança despencarem. As cidades do RN, que sempre figuravam no topo da lista, saíram da liderança negativa das mais perigosas do País.
Cabe também observar – se deu conta? – que não se fala mais em problemas na saúde estadual. Com ajuda do Governo Federal, a fila das cirurgias eletivas caiu e o crescimento no número de leitos e ampliação em hospitais ocorreram em todo o Rio Grande do Norte.
Com a mudança no ambiente de negócios, a reversão na perda de empregos para a Paraíba é atestada por pesquisas de diferentes instituições, com o RN gerando novos postos de trabalho e com balança comercial/industrial positiva.
Por fim, temos os Ierns, que darão nova cara à formação dos alunos no Estado.
Sim, as estradas têm problemas, mas elas estão sendo reformadas e já há a perspectiva de uma nova lista de vias a serem alteradas surgir com mais um apoio do Governo Federal.
Não há acima nenhuma invencionice. Trata-se de mera descrição dos fatos.
Fátima é prejudicada pela forte ambiência de polarização, que já coloca parte do RN em situação de oposição a ela em decorrência das disputas que cortam o País entre o PT e o bolsonarismo. Mas quem dos grupos políticos constituídos seria capaz de fazer mais do que isto no lugar da governadora a partir do que ela pegou?
A pergunta permite a seguinte ponderação – é inegável que o saldo até agora é positivo.
Daniel Menezes é cientista político, professor da UFRN