O ex-deputado Rafael Motta segue afirmando que é pré-candidato à Prefeitura do Natal. Só que muita especulação tem sido gerada a respeito. Duas versões vêm sendo levantadas pela classe política local.
A primeira é que ele tenta na verdade ser vice na chapa de Carlos Eduardo. O ex-prefeito teria interesse na composição porque tiraria um nome da disputa, favorecendo a possibilidade de resolução do pleito em primeiro turno. Motta nega e reafirma sua pré-candidatura.
A outra especulação é que, de fato, Motta quer ser candidato e manter seu nome em evidência, gerando um recall para disputar outro cargo em 2026. E, neste sentido, sonharia com um empurrão do prefeito Álvaro Dias, que apoia Paulinho Freire. Dias e Freire têm interesse na candidatura de Motta pelo fato de ela facilitar o segundo turno.
Ora, são especulações que só serão resolvidas de fato após as convenções. Somente então saberemos se a postulação de Rafael Motta é para valer.
Estatísticos aprendem estatística com advogados
Eleição no Brasil tem um aspecto curioso. Durante a campanha, estatísticos e especialistas em pesquisa eleitoral se veem obrigados a aprender como fazer pesquisa com advogados. Eles, não raro, se metem a debater metodologia na ânsia de cercear o direito à informação, tentando impugnar pesquisas eleitorais a partir do interesse de candidatos insatisfeitos com os números tornados públicos pelos institutos.
Melhor senadora
Impressiona a quantidade de projetos, ações e relatorias da senadora Zenaide Maia (PSD). A atividade legislativa mais produtiva entre os senadores do RN, para quem acompanha o dia a dia da política com foco nos fatos e não em polarizações vazias.
Maconha e pesquisa
O Insper fez um levantamento de 2010 até 2020 sobre as prisões por posse de maconha e constatou que foram 31 mil negros presos como traficantes em situações idênticas em que brancos nada sofreram porque foram caracterizados como usuários. Quem criou a separação entre usuário e traficante foi o legislador e não os ministros do Supremo Tribunal Federal. O que o STF tenta é retirar o subjetivismo da lei para que, ao definir critério objetivo, a injustiça relatada acima não se repita cotidianamente pelo Brasil, enchendo as cadeias de usuários e concedendo mão de obra barata para as facções.