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Crispiniano Neto

Os Estados Unidos não são um País sério

Confira a coluna de Crispiniano Neto desta terça-feira 4
Crispiniano Neto
04/06/2024 | 07:44

A frase “Edgar, le Brésil n’ont é pas un pays sérieux”, do diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza ao jornalista Luís Edgar, então correspondente do Jornal do Brasil em Paris, é até hoje erroneamente atribuída a De Gaulle, no conflito diplomático/militar, conhecido como “Guerra da Lagosta”, onde restou provado que a França, sim, é que não agiu como país sério, como quando roubava pau-brasil nas costas nordestinas, especialmente nesta Capitania do Rio Grande. E os Estados Unidos também exercem “seriedade zero” quando se trata de conflito entre fortes e fracos, como agora no genocídio sionista contra a Palestina.

Foi entre 1961 e 1964, se arrastando entre os governos Jânio, Jango e Castelo, quando a França perdeu suas colônias africanas, ficando desabastecida de lagosta. Resolveu vir buscar Nordeste brasileiro, onde o crustáceo era farto.

Foto: SERGEY DOLZHENKO
Os Estados Unidos não são um País sério - Foto: SERGEY DOLZHENKO

O conflito escalou e, no sétimo aniversário deste articulista, 22 de fevereiro de 1963, andamos à beira da guerra com a França, pois o Brasil acionou forças marítimas, aéreas e submarinas para atacar um bombardeiro francês que viera proteger seus barcos ladrões. Na força brasileira, um bombardeiro B-17 comprado aos EUA. O Tio Sam foi à ONU defender o irmão imperialista dizendo que o equipamento de guerra que lhe fora comprado não podia ser usado contra adversários pelo Brasil.

Ora, pois, para que diabos se compram equipamentos bélicos?

A cafajestagem diplomática ianque continua quando diz para Israel não bombardear Gaza, mas lhe envia armas e munições, assim como fez quando invadiu o Iraque por ter armas químicas nunca encontradas, ou quando um norte-americano consome recursos equivalentes aos consumidos por 500 africanos pobres.

Resta provado que não existe seriedade norte-americana na economia nem na guerra.

Pior, agora, também na política. A tal democracia que aquele País se arroga exportar para o mundo, transformou-se numa pantomima na sua política interna e externa.

Sabe-se que os EUA ajudaram a derrotar nazistas e fascistas, mas importaram cérebros e métodos deles para suas fronteiras e para países aliados, como Brasil e Argentina.

Esse embrião de ódio hoje explode aqui e lá, na Europa e nas “quatro pruvenças do mundo”. Mas é lá, dentro de casa, que a cadela do fascismo em cio pare com força fascismo, autoritarismo, negacionismo, supremacismo e a autoimolação da democracia.

Donald Trump, condenado em 34 acusações no menor dos seus crimes provados, não caiu nas pesquisas.
Tem outros cinco crimes graves a serem julgados, com real possibilidade de ser preso e amplas possibilidades de, mesmo preso, ser eleito e governar a maior potência econômica e bélica do planeta. Prova que os States não são um país sério e que o mundo, sob a sua liderança, precisa de mudanças drásticas para poder salvar a democracia e a história.