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Coluna

A insanidade dos deputados da Secretaria ‘Três nem uma’

Confira a coluna de Crispiniano Neto desta sexta-feira 17
Crispiniano Neto
17/05/2024 | 07:41

Insanidade é a única palavra para classificar o ato dos deputados da Comissão de Finanças que reprovaram a criação de uma Secretaria Estadual de Cultura.

Nosso estado é um dos poucos patinhos feios entre os entes federados que não têm Secretaria de Cultura, mas sim uma fundação, criada por Aluízio Alves em 1963, com imensa folha de serviços prestados, mesmo com as limitações.

Coronel Azevedo Foto Ft. João Gilberto
Coronel Azevedo - Foto: João Gilberto

Foi bom ser fundação até Lavoisier vender as ações da Petrobrás que Aluizio destinara à FJA e que financiavam belos projetos culturais.

Ali fui gestor e sei das vergonhas que passamos e dos prejuízos que sofremos por não sermos Secretaria e não estarmos sintonizados com a política cultural brasileira.

Enfim, aí está o resultado desastroso da votação na Comissão de Finanças da ALRN reprovando um projeto que só tem um defeito: o tempo que se perdeu até hoje por não termos uma secretaria.

É estranha a postura de José Dias, homem de direita, mas de reconhecida cultura; signatário da Lei do Livro, ao lado de Fernando Mineiro; e um dos deputados que mais destinam emendas para projetos culturais, especialmente no mundo religioso. Cunhado do governador que criou a FJA e amicíssimo do primeiro presidente, Hélio Galvão, que, com certeza, aplaudiriam, do céu, um gesto digno de apoio à cultura. Poderia ter-lhes honrado a memória.

Tomba Farias é elogiado por ter instalado o mais importante empreendimento do RN na área de turismo religioso, importante segmento do turismo cultural, quarto mais importante da indústria sem chaminés. De Santa Cruz, que sedia a instituição que congrega as bandas de música do RN e do Arte Viva, o mais importante grupo de arte de rua do Estado.

Quanto a Coronel Azevedo, nenhuma surpresa. No mundo cultural, só se compara a Zé Limeira, “Poeta do Absurdo”, por dizer que Cabral deu o “Grito do Ipiranga”, roubando do calendário 322 anos e cinco meses. Fosse para escolas militares fascistoides, passaria por cima de qualquer escrúpulo fiscal…

Essa balela de economia no erário por eliminação de secretarias e ministérios não engana nem à Velhinha de Taubaté. Garibaldi eliminou dez empresas estatais, Geraldo Melo e Agripino destruíram dois bancos e o Estado continuou insolvente. Dilma acabou 14 ministérios e seu governo se inviabilizou. Lula voltou aos 40 ministérios e a economia vai bem. Ainda se dá ao luxo de suspender cobranças de dívidas de estados governados por privatistas desvairados, como Eduardo Leite (RS).

O que motiva deputados inimigos da cultura é a “fominha” por emendas, algumas bem duvidosas. Pasmem, são os mesmos que votaram contra a capacidade arrecadatória do governo e que não se tocam que permitem três “secretarias de cultura” porque não querem fazer uma só. Temos a Fundação José Augusto, uma Secretária Extraordinária pela segunda vez e a Secretaria de Educação, que é também da Cultura.

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