BUSCAR
BUSCAR
Coluna

Em ‘decretaço’, Estados Unidos se retira do Acordo de Paris e mundo deve sentir consequências

Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta quinta-feira 23
Rodrigo Rafael
23/01/2025 | 05:56

As atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas no mundo, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás. As temperaturas globais estão no nível mais alto desde que os registros começaram. Os últimos dez anos estiveram todos entre os dez mais quentes, em uma série extraordinária de temperaturas recordes. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado.

Para se ter uma ideia desse tema, a temperatura média global da superfície foi 1,55 °C (com uma margem de incerteza de ± 0,13 °C) acima da média de 1850-1900. Então 2024 foi o primeiro ano com uma temperatura média global superior ao limite de 1,5°C do Acordo de Paris, relativo à média pré-industrial de 1850-1900. “Ainda há tempo para evitar o pior da catástrofe climática. Mas as líderes políticas devem agir – agora”, frisou recentemente o secretário-geral da ONU, António Guterress.

Em seu primeiro dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma série de decretos. Ele retirou o país do Acordo de Paris, pacto que limita a emissão de gases de efeito estufa para evitar o aquecimento global. Trump justificou o ato: “os EUA não vão sabotar sua própria indústria enquanto a China continua poluindo livremente”, declarou. Os EUA são o segundo maior país emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás apenas da China.

Não foi a primeira vez que Donald Trump, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Em seu primeiro mandato (2017-2021), ele também assinou ato semelhante. Favorável à uma política de exploração do petróleo, o presidente americano assinou um decreto suspendendo a venda de arrendamentos eólicos offshore e interrompendo permissões a novos projetos do tipo nos EUA.

“As políticas energéticas do presidente Trump acabarão com o arrendamento de enormes parques eólicos que degradam nossas paisagens naturais e não atendem aos consumidores de energia americanos”, disse a Casa Branca em comunicado. Os atos podem ter consequências na meta climática global, e com efeito dominó para a saúde, para o meio ambiente e para a economia de todo planeta.

Rodrigo Rafael, jornalista, Diretor de Representação Institucional da Assembleia Legislativa e tem MBA em Environmental, Social & Governance (ESG) pelo IBMEC/São Paulo.

Donald Trump / Foto: Evan Vucci - The AP.
Donald Trump / Foto: Evan Vucci - The AP.

Lixo, chuva e esgotos são combinações para contaminar as praias e prejudicar os banhistas
Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta quinta-feira 16
16/01/2025 às 05:54
Vazamentos e ligações clandestinas de esgoto podem ser a causa do surto no litoral paulista
Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta sexta-feira 10
10/01/2025 às 05:47
Veículo elétrico a bateria como solução global para descarbonização
Leia o artigo de Rodrigo Rafael deste sábado 4
04/01/2025 às 05:07
Recaatingamento: um marco na gestão sustentável do RN e no Nordeste
Confira o artigo de Rodrigo Rafael desta quarta-feira 18
18/12/2024 às 06:45
2024: mais um ano quente já registrado
Confira o artigo de Rodrigo Rafael deste sábado 14
14/12/2024 às 07:14
Folha destaca reclamação de agricultores com projetos de energia limpa no RN
Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta terça-feira 20
20/08/2024 às 05:38
Clima de agosto: Fumaça de norte, geadas no sul e alerta de baixa umidade
Leia o artigo de Rodrigo Rafael deste sábado 17
17/08/2024 às 05:11
Faltam peças para carros elétricos, mesmo com alta nas vendas
Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta quinta-feira 15
15/08/2024 às 05:25
Com prazo encerrado, 122 municípios potiguares ainda adotam lixões à céu aberto
Leia o artigo de Rodrigo Rafael desta terça-feira 13
13/08/2024 às 05:01
Praia de Areia Preta poderá voltar a ser própria para banho depois de fiscalizações
Leia o artigo de Rodrigo Rafael deste sábado 10
10/08/2024 às 05:32