BUSCAR
BUSCAR
Coluna

RN e Natal precisam melhorar ranking de esgotos tratados

Confira o artigo de Rodrigo Rafael desta quarta-feira 12
Rodrigo Rafael
12/02/2025 | 05:07

Embora o Novo Marco Legal do Saneamento estabeleça 2033 como prazo para alcançar a universalização do acesso à água potável (99%) e à coleta e tratamento de esgotos (90%), no atual ritmo de evolução a meta só será cumprida em 2070 — um atraso de 37 anos. Esse cenário exige que a infraestrutura básica seja tratada como prioridade pelos gestores públicos recém-eleitos.

O assunto esgotos vem sendo foco nos últimos dias devido a polêmica na Praia de Ponta Negra. Saneamento é vital para a sustentabilidade das nossas praias e rios, que hoje sofrem com toneladas de dejetos despejados em suas águas todos os dias no país. Obras de saneamento não aparecem. Mas esse trabalho que fica embaixo da terra muda muito a vida das pessoas que vivem em cima dela. O Nordeste é a região que mais sofre com ausência de saneamento básico.

WhatsApp Image 2025 02 11 at 20.10.34
Esse cenário exige que a infraestrutura básica seja tratada como prioridade pelos gestores públicos recém-eleitos. Foto: Reprodução

Segundo, o Centro de Liderança Pública (CLP), o Rio Grande do Norte está em 17º no ranking dos Estados com tratamento de esgoto. A capital Natal tem 26,63% e ficou 18º no país. Entre os dez primeiros estados estão: Distrito Federal (1º), que tem 77,85% de esgostos tratados. Em seguida, Amapá, São Paulo, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

Este indicador compõe o pilar de Sustentabilidade Ambiental do Ranking de Competitividade dos Estados e avalia a parcela de esgoto tratado em relação ao total de água consumida, multiplicada pela proporção de domicílios com acesso à água encanada proveniente da rede geral de distribuição no estado.

E o ranking produzido pelo CLP Brasil avaliou indicadores como: cobertura do abastecimento de água; perdas na distribuição de água; perdas no faturamento de água; cobertura da coleta de esgoto; e cobertura do tratamento de esgoto. O CLP utilizou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Governo Federal.Em 2025, o saneamento básico no Brasil enfrenta desafios como a falta de investimentos e a necessidade de universalizar o acesso a serviços de água e esgoto.

*Rodrigo Rafael, jornalista, Diretor de Representação Institucional da Assembleia Legislativa e tem MBA em Environmental, Social & Governance (ESG) pelo IBMEC/São Paulo.