O primeiro caso de infecção por Febre Oropouche no estado do Rio de Janeiro foi confirmado,nesta quinta-feira (29), pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Trata-se de um homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, na Zona Sul da capital, que tem histórico de viagem para o Amazonas e que segue sob observação pela equipe de Vigilância em Saúde do município do Rio de Janeiro. O paciente não foi internado durante o período da doença e apresenta boa evolução do quadro clínico.
A Secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SES-RJ), acredita que o caso não seja proveniente de transmissão doméstica do vírus (quando há transmissão entre pacientes dentro do território), no entanto, mosquitos que picarem o paciente contaminado podem infectar outras pessoas. A SES-RJ suspeita de um caso de transmissão importada, a hipótese mais provável é de que o paciente tenha adquirido o vírus durante viagem ao Amazonas.
O estado do Amazonas vive um expressivo aumento no número de casos de Febre Oropouche. Neste ano o estado já registrou 1.398 casos da doença, o número é três vezes maior do que o registrado no ano passado.
A confirmação foi feita por meio de exame laboratorial (IgM reagente) na própria Fiocruz. O caso está sendo considerado como “importado” e não de circulação doméstica do vírus (cenário em que há transmissão entre pacientes dentro do território). A classificação foi feita após análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que vive um expressivo aumento do número de casos nos primeiros meses de 2024.
O que é a febre Oropouche?
A Febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por picada de mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim e pelo Culex quinquefasciatus, conhecido como pernilongo.
Sintomas
Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Assim como a dengue, a doença não tem tratamento específico, mas não costuma provocar casos graves. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas e acompanhamento médico.