BUSCAR
BUSCAR
Corrupção

PGR acusa deputados do PL de comercializar emendas em esquema criminoso

Segundo a PGR, deputados cobravam propina de R$ 1,66 milhão em troca de emendas de R$ 6,67 milhões; mensagens e áudios comprovam esquema
05/02/2025 | 20:37

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou três deputados federais do PL de integrar uma organização criminosa voltada para a comercialização de emendas parlamentares. O caso tramita em sigilo e foi encaminhado para julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Cristiano Zanin.

Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram denunciados ao STF em agosto de 2023 pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

Pf apreende ão contra corrupção em extremoz apreende r$ 70 mil,
Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa são denunciados por organização criminosa e corrupção; caso será julgado no STF. | Foto: Reprodução

Segundo a PGR, o grupo solicitou ao então prefeito de São José do Ribamar (MA) o pagamento de propina de R$ 1,66 milhão em contrapartida à destinação de recursos públicos federais de R$ 6,67 milhão ao município, por meio de emendas patrocinadas pelos parlamentares denunciados.

A denúncia foi embasada em anotações, mensagens e áudios obtidos pela Polícia Federal (PF), que comprovariam a participação dos parlamentares no esquema.

De acordo com a PGR, Josimar Maranhãozinho liderava o grupo e tinha controle sobre as emendas dos colegas. Em seu escritório, foram encontradas anotações sobre cobranças de emendas destinadas a diversos municípios. Mensagens trocadas entre os deputados também revelaram preocupação com a forma de recebimento das vantagens ilícitas.

“Numa delas, Josimar demonstra inclusive preocupação com o fato de a conta indicada estar em nome de Pastor Gil e não de terceiro”, destacou o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand.

O grupo teria atuado para liberar ao menos R$ 7 milhões em emendas, incluindo recursos para a área da saúde. A PGR pede que os deputados sejam responsabilizados pelos crimes e que o caso seja julgado o mais rápido possível. A data do julgamento ainda será definida pela Primeira Turma do STF.

NOTÍCIAS RELACIONADAS