Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo
Terminado o prazo das Convenções, define-se o cenário eleitoral. No plano nacional, nada parece mudar da radicalização atual entre Lula e Bolsonaro. Na montagem das estratégias, o petista tem sido mais cauteloso e evita “bola dividida” para não se desgastar. A sua meta é ampliar apoios. O presidente dá ênfase a área social e promete o auxílio emergencial permanente de R$ 600 reais e reajuste na tabela de descontos do IR pessoa física.
Ex-presidente
Lula terá contra si maciça campanha apontando corrupção no seu governo. A pesquisa Genial/Quaest mostra que para 49%, o ex-presidente sempre foi inocente e tudo o que aconteceu com ele foi uma grande armação, e 36% responderam que ele é culpado e deveria estar preso.
Presidente
Bolsonaro, com mais de 60% de rejeição, atinge a pior avaliação a esta altura do mandato, desde a redemocratização. O seu maior desgaste, segundo pesquisas, é colocar dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação no país. Cerca de 82% da população brasileira confia no sistema de votação e nas urnas eletrônicas
Fato novo
No plano estadual, o senador Styvenson Valentim confirmou que será candidato ao Governo do RN. Na maioria das pesquisas, ele está em segundo lugar. Não se sabe o que acontecerá com os times em campo, sobretudo em razão da rejeição da governadora Fátima Bezerra, que na pesquisa da 98FM/Data Vero atinge 23.9%. A candidata Clorisa Linhares aliou-se ao bolsonarismo e poderá esvaziar ainda mais a candidatura de Fábio Dantas.
Ostentação
Na disputa do Senado, o quadro é mais difícil de prever. Caso seja fator decisivo a montagem de estrutura poderosa de governo, econômica, financeira e política, o eleito será Rogério Marinho. O RN nunca assistiu numa eleição, as alianças até de grupos municipais adversários, como aquelas de apoio ao ex-ministro. Ele, entretanto, terá que contrariar a máxima de Aluízio Alves, que dizia: “Nunca vi senador eleger governador. Só vi governador eleger senador”.
Imprevisível
Ainda na disputa do Senado, o ex-prefeito Carlos Eduardo, em situações normais, seria o vencedor, pelos dados divulgados. Porém, o deputado Rafael Mota poderá surpreender, mostrando que “mingau quente se come pelas beiradas e pesquisas se lê nas entrelinhas”.
Largada
Em relação às eleições de 2022, já se pode afirmar como o narrador Fiori Giglioti: “Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo”.
Plano de saúde I
Não é mais possível esperar uma legislação séria, que regule os planos de saúde. Atualmente, a preocupação é apenas proteger a estabilidade econômica dos planos. Sem dúvida importante. Entretanto, os direitos dos usuários, continuam negados e suspensos. Abusos injustificáveis, sem fiscalização do governo.
Plano de saúde II
O tratamento de saúde não pode esperar. Os planos são considerados saúde complementar e, portanto, obrigados a obedecerem ao princípio constitucional do artigo 196: “saúde é direitos de todos”. Caso não possam garantir esse princípio, cabe ao poder regulatório do estado afastá-los do mercado.
Beto Rosado
Em 2018, o deputado Beto Rosado ao registrar-se no TRE declarou ter cor branca. Em 2022, informa cor parda. Alguma plástica? O MP quer saber.
Confissão
O ministro Ciro Nogueira, em entrevista, declarou que o partido do presidente Lula só está ganhando em dois estados, SP e RN Os candidatos que o apoiam estão ganhando em Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Pará. Não tem um candidato do Lula ganhando em outro estado.
Pisada de bola
O presidente decidiu enviar o ministro das Relações Exteriores para representá-lo no último domingo, na posse do novo presidente da Gustavo Petro. Recusou-se a ir pelo eleito ser de esquerda. Colômbia é tradicional parceiro do Brasil.