19/12/2020 | 10:01
Em uma pesquisa de extrema importância para a saúde, a médica dermatologista e aluna de pós-graduação em Biotecnologia da UnP (PPGB-UnP), Gleyse Karina Lopes Pinheiro, desenvolveu um novo dispositivo para o fechamento de ferimentos na pele. O sistema utiliza-se da força magnética de imãs e substitui as suturas, já usadas para o procedimento.
O estudo foi desenvolvido juntamente com o orientador, Prof. Dr. Francisco Irochima e os docentes Profa. Dra. Amália Rêgo e Prof. Dr. Irami Araújo Filho. O principal objetivo da pesquisa era confeccionar peças em impressão 3D contendo ímãs de neodímio (N42), a serem fixados na pele com fita adesiva para promover o fechamento de feridas cutâneas sem a necessidade de anestesia. As peças foram confeccionadas utilizando a impressão 3D e testadas em pele artificial de silicone.
Atualmente, uma das técnicas mais utilizadas no fechamento de feridas é o uso de suturas. As suturas devem ser realizadas em feridas limpas, com contaminação recente e sem infecção. O intuito é evitar infecção da ferida, promover a hemostasia (faz com que sangue permaneça circulando nos vasos no estado líquido), diminuir o tempo de cicatrização e favorecer um resultado estético. No procedimento, são usadas agulhas e fios cirúrgicos.
Já o novo sistema de fechamento de feridas, desenvolvido pela médica potiguar, busca simplificar o processo e facilitar os procedimentos. “Desenvolvemos essa nova proposta diante da necessidade de se disponibilizar uma forma de fechamento de feridas cutâneas sem a necessidade de anestesia, agulhas ou fios”, afirmou Gleyse Karina.
O artigo, intitulado “Magnetic device for closing skin wounds”, foi publicado em Revista Qualis A, “Research, Society and Development”, em parceria com os pesquisadores do Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia (PPGB-UnP). Agora, o projeto aguarda interesse da indústria para melhoramentos e validações para uso na prática cirúrgica