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Economia

Jaçanã se destaca como produtor de maracujá, caju e café

Agricultura é o principal pilar econômico do município e é foco de investimentos da gestão
Redação
15/01/2025 | 14:23

Conhecida por sua forte vocação agrícola, a cidade de Jaçanã consolida-se como um dos maiores polos produtores de maracujá, caju e café no Rio Grande do Norte. Segundo o prefeito Uady Farias (União Brasil), reeleito para o quarto mandato, a agricultura é o principal pilar econômico do município. “Nosso município é o maior produtor de maracujá do Rio Grande do Norte. Então, é onde gera emprego, é a agricultura”, afirmou o gestor em entrevista recente.

Além do maracujá, Jaçanã se destaca pela produção de caju e café. Este último, inclusive, alcançou reconhecimento nacional. “O café de Jaçanã, chama-se Café Jaçanã, foi classificado em segundo lugar em um torneio de gastronomia em Minas Gerais. É um café puro, natural, da nossa terra”, celebrou Uady.

Fazenda Cafe Jacana RN 1
Café Jaçanã foi classificado em segundo lugar em um torneio de gastronomia em Minas Gerais. Foto: José Aldenir / Agora RN

Grande parte da produção agrícola de Jaçanã é direcionada para mercados fora do estado, como Campina Grande, Recife e Maceió, aproveitando a proximidade logística. “Parte da produção de maracujá vem para Natal, mas Campina Grande, por ser mais próxima, recebe boa parte, além de Recife e Maceió”, explicou o prefeito.

A gestão municipal tem investido em infraestrutura e suporte aos agricultores para manter a competitividade da produção local. “Estamos priorizando a perfuração de poços e outros apoios à agricultura. Quando o agricultor tem sua renda garantida, ele não precisa depender da prefeitura”, destacou Uady.

Ele destacou ainda a recuperação da RN-023, que passa por Jaçanã. “A produção de maracujá estávamos jogando lá para os estados da Paraíba e Pernambuco, porque a nossa estrada era ruim. Graças a Deus, ela [a governadora Fátima Bezerra] nos atendeu e a via está sendo recuperada agora. Vai melhorar, porque Jaçanã é uma porta de entrada, de divisa”, comentou.

Com 85% da população vivendo na zona urbana, o município mantém um forte vínculo com o campo, com trabalhadores que produzem durante o dia e retornam à cidade à noite. “As pessoas dormem na cidade e vão produzir no campo, na zona rural. Isso mostra a força da nossa agricultura familiar”, ressaltou o prefeito.

Uady Farias, prefeito de Jaçanã, falou sobre agricultura. Foto: Reprodução / 94 FM
Uady Farias, prefeito de Jaçanã, falou sobre agricultura. Foto: Reprodução / 94 FM

Município enfrenta problemas devido queda de habitantes apontada pelo Censo

Apesar dos avanços no setor agrícola, Jaçanã enfrenta desafios econômicos e administrativos devido à recente queda na contagem populacional registrada pelo IBGE. O Censo mais recente apontou que o município tem 8.051 habitantes, uma redução significativa em relação aos 10.247 da última estimativa. “Isso nos prejudicou porque temos quase 11 mil habitantes, mas perdemos 2.413 moradores por um problema de georreferenciamento nas divisas com a Paraíba”, explicou o prefeito Uady Farias.

Segundo Uady, dois bairros e uma comunidade foram contabilizados como pertencentes a cidades paraibanas, o que impactou diretamente a arrecadação municipal. “Perdemos em torno de 500 mil reais mensais. Para um município pequeno como o nosso, é uma perda enorme”, lamentou o gestor.

Essa redução na população tem dificultado o equilíbrio financeiro da cidade, já que as despesas, principalmente com saúde e infraestrutura, permanecem altas. “Temos uma folha de pagamento de um município com 10 mil habitantes, mas estamos recebendo como se tivéssemos 8 mil. Isso exige um controle financeiro muito grande para manter a população”, afirmou.

Diante do cenário, a gestão municipal planeja judicializar a questão junto ao IBGE. “Vamos lutar para corrigir esse erro e garantir que os recursos sejam destinados a quem realmente arca com as despesas e atende à população afetada”, concluiu Uady.

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