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Entrevista

‘Estarei no 2º turno. Não sei com quem, mas estarei’, afirma Natália Bonavides

Candidata a prefeita pelo PT questiona resultado de pesquisa e afirma que nem Paulinho Freire acredita em vantagem
Redação
21/09/2024 | 05:06

A candidata a prefeita Natália Bonavides (PT) está convicta de que vai ao 2º turno das eleições para a Prefeitura do Natal, seja contra Carlos Eduardo (PSD) ou contra Paulinho Freire (União Brasil). Ela questionou os resultados de uma recente pesquisa que mostrou Carlos Eduardo e Paulinho Freire quase empatados, e disse que nem o próprio Paulinho acredita nesses números.

“A forma como eles demonstraram, nas suas próprias contas eleitorais, pagamentos a essa empresa, que não correspondem ao preço de pesquisas, deixa claro que há uma relação nada republicana envolvida”, criticou Natália, em entrevista ao AGORA RN.

Ela enfatizou que tem andado diariamente pelos bairros e acredita que “ninguém caiu nessa” pesquisa, que, segundo ela, reflete o desespero de ver o crescimento rápido de sua candidatura.

Sobre plano de governo, Natália destacou que suas primeiras providências enquanto prefeita incluirão: a expansão de vagas em creches por meio de convênios emergenciais com entidades filantrópicas, a requalificação das lagoas de captação para evitar alagamentos, a licitação para o transporte público e a modernização do sistema de marcação de consultas.

Sobre o turismo, Natália Bonavides afirmou que a infraestrutura precária da Praia de Ponta Negra e o transporte ineficiente comprometem o setor. Ela disse que sua gestão investirá em acessibilidade e em diversificação das atrações turísticas. Também criticou o processo de condução da engorda da praia.

Deputada federal Natália Bonavides, candidata do PT à Prefeitura do Natal, em entrevista concedida ao AGORA RN / Foto: José Aldenir - Agora RN
Deputada federal Natália Bonavides, candidata do PT à Prefeitura do Natal, em entrevista concedida ao AGORA RN / Foto: José Aldenir - Agora RN

Confira a entrevista completa com a candidata do PT:

AGORA RN Se eleita, quais serão suas primeiras ações na Prefeitura?

Natália Bonavides – Nós temos vários temas estruturantes que precisam ser resolvidos em Natal, e alguns deles são emergenciais. Então, eu e o nosso vice, Milklei, temos tratado alguns temas como aqueles que vão, ainda durante a nossa equipe de transição, começar a ter a sua estrutura desenhada, para que já em janeiro a gente possa ir colocando em prática. Eu mencionaria aqui quatro deles.

Um é o tema das creches. Desde 2015, Carlos Eduardo começou o sorteio de crianças nas creches. Álvaro Dias continuou, e isso sequer foi tema nas últimas eleições. Eu tenho muito orgulho de, como a única mulher candidata a prefeita nessas eleições, ter pautado exaustivamente esse assunto até fazer com que todos os outros candidatos tivessem que se comprometer. Nós sabemos que Natal tem dez obras paradas de creche, que Carlos Eduardo na época recebeu recursos do governo federal do PT e não finalizou.

Álvaro Dias também não finalizou, e nós vamos finalizar. Mas, como medida emergencial, porque terminar uma obra leva tempo, nós vamos, na equipe de transição, desenhar um programa de convênios com entidades filantrópicas e organizações da sociedade civil para abrir vagas de forma emergencial para que já no ano que vem nós possamos trabalhar para zerar a fila.

Outro tema é o das lagoas de captação. Hoje, na nossa cidade, nós vivemos pontos de alagamento que são os mesmos há décadas. Nós já sabemos quais são os períodos em que as pessoas que moram ali perto vão ter água até o pescoço dentro de casa, vão ter que sair de casa, vão perder elétricos domésticos, vão perder seus bens. E nós queremos fazer uma parceria com o Ministério das Cidades do governo Lula para, também, ainda durante a equipe de transição, desenhar o plano emergencial de requalificação das lagoas de captação.

Um outro é o tema do transporte. Já virou até piada entre a população o fato de que todos os candidatos à prefeitura prometem fazer licitação e não fazem. Eles não têm coragem de fazer. Eles fazem com que a população fique submetida ao que as empresas de ônibus decidem e eles concordam com isso. Eu cheguei a entrar com a ação depois da pandemia, porque as linhas de ônibus não retornaram. E eu consegui decisão a favor e isso não adiantou.

A Prefeitura e o Seturn disseram que era para o meu pedido ser rejeitado e para as linhas continuarem fora. Então, nós vamos fazer o desenho da nova rede de transporte durante a equipe de transição para que no primeiro semestre a gente já possa lançar a licitação, um novo modelo de transporte.

E por fim, é fazer um novo formato, uma nova metodologia de marcação de consultas. As pessoas têm que sair de casa às três da madrugada para ir para uma fila, para pegar uma ficha para entrar em outra fila. E isso é feito de forma proposital, porque quando você dificulta a marcação, você acaba escondendo, maquiando qual é a demanda real.

AGORA RNA licitação do transporte é a solução para melhorar a qualidade do serviço? Como não subir a tarifa?

Natália Bonavides – Nós somos hoje a única capital do Brasil que nunca fez uma licitação de transporte. Hoje o contrato é inexistente e é como se fosse uma relação de boca. É por isso que as empresas atuais não têm comparecido às tentativas de licitação que foram feitas, porque é muito cômodo ficarem sem nenhuma regra, sem nenhuma obrigação a seguir. E os últimos prefeitos, notadamente Carlos Eduardo e Álvaro Dias, que é aquela gestão que o candidato Paulinho Freire quer dar continuidade, eles têm lançado editais de ‘faz de conta’, que eles já sabem que vão dar deserto, sem nunca se importar em estudar que experiências estão acontecendo no Brasil e no mundo de novas formas de governança para esse tema.

A prefeitura faz a concessão do serviço, mas ela não tem que abdicar de todo o poder de gestão nesse tema, senão o que acontece é o que tem hoje. A empresa decide tirar uma linha, não passa por aprovação em lugar nenhum e sequer tem um aviso. O trabalhador fica sabendo quando chega lá na parada para perder o horário no trabalho, quando vê que a linha não vai passar.

Então hoje já alguns municípios do Brasil estão experimentando formatos novos de licitação, com divisão dos objetos dos contratos, por exemplo. E existe um modelo de governança que requer que a prefeitura tenha acesso aos dados do próprio sistema. Hoje é o Seturn que tem os dados da bilhetagem, eles são a fonte das informações sobre quantas pessoas pegam ônibus, por exemplo.

E essa governança requer também que as empresas tenham algumas obrigações. E uma delas vai ser, na nossa gestão, não poder retirar uma linha de ônibus quando quer e pronto, sem que haja um planejamento para a adaptação do sistema a isso.

Estamos fazendo um debate sério sobre tarifa zero. E eu digo muito sério porque é um tema que alguns candidatos tratam como inviável, impossível, mas isso é porque não se estuda, nem vê as experiências que estão acontecendo hoje no Brasil. Nós vamos, através do orçamento próprio da prefeitura, iniciar um subsídio para o transporte que não é para as empresas, mas sim para o povo trabalhador e aos poucos deixando de pagar tarifa. Por exemplo, nós queremos começar essa experiência com o dia do domingo, que é aquele dia que a nossa população gostaria de, por exemplo, ir para a praia e não pode.

Por que fazer isso? Por que que uma prefeitura deveria passar a utilizar orçamento público para o subsídio do transporte das pessoas? Por que isso? E isso é visto, por exemplo, no município aqui perto, em Caucaia, no Ceará, que adotou a tarifa zero de forma integral. O retorno desse tipo de investimento é genial, porque quando as pessoas começam a circular mais na cidade, elas começam a consumir mais. E se elas vão circular mais economizando o que elas gastavam de transporte, que no Brasil é o segundo maior gasto das pessoas, do trabalhador com renda média, é no transporte, primeiro é com a habitação e depois com o transporte, elas vão ter mais recursos disponíveis para consumir.

A arrecadação do município cresce, a cidade fica mais segura porque tem mais gente circulando, nós temos vantagens ambientais e para o trânsito, porque com o transporte coletivo sendo mais utilizado, diminui o número de carros, diminui o número de acidentes de motos.

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Natalia Bonavides durante entrevista na sede do AGORA RN / Foto: José Aldenir – Agora RN

AGORA RN – Quais são seus projetos para moradia na capital potiguar?

Natália Bonavides – O nosso plano de governo fala desse tema com muita atenção, não só em termos de regularização fundiária, mas em termos de construção de novas unidades de habitação. Se você olhar o plano de governo de Carlos Eduardo, por exemplo, não tem uma linha sobre a construção de novas unidades.

E nós vamos fazer isso junto do governo Lula. Hoje nós temos uma grande oportunidade, o Minha Casa Minha Vida voltou, o Ministério das Cidades tem uma secretaria de periferias que tem recursos para não só a construção de novas habitações, mas para reformas em habitações que estejam em condições degradantes. Então, muitas vezes é mais racional fazer a melhoria naquela habitação.

Esses três eixos, regularização fundiária, melhorias habitacionais e construção de novas unidades vão ser o nosso horizonte, o nosso norte nesse tema da habitação. Até porque hoje a nossa cidade é dividida de uma forma que, dependendo da região onde você mora, você tem acesso a direitos ou não.

Todo mundo está vendo esses recursos que estão sendo investidos atualmente pela prefeitura, eles são concentrados nas regiões mais ricas. Onde já tinha calçada boa, ele bota uma calçada nova. Onde já tinha asfalto bom, ele bota um asfalto novo. Aí você vai na Zona Norte e na Zona Oeste, e há ruas sem pavimentação. Com essa inversão de prioridades, a gente passará a priorizar as necessidades reais da população.

AGORA RN – E sobre a engorda de Ponta Negra, acredita que foi iniciada às pressas?

Natália Bonavides – A engorda é uma obra necessária, precisa ser feita naquela praia, que é o cartão postal da nossa cidade, que é fundamental para a nossa economia, já que ela é, ainda hoje, baseada no turismo. E desde 2013 que se sabe da necessidade da engorda. Em 2012, inclusive, Paulinho Freire era vice-prefeito de Micarla e houve um desmoronamento do calçadão de Ponta Negra. Em 2013, assumiu Carlos Eduardo. E, em vez dele começar os estudos para iniciar a engorda, que ele veio fazer anos depois, ele fez aquele enrocamento, aquelas pedras que foram colocadas, que encheram a praia de ratos e fizeram com que o processo de erosão marítima ficasse ainda mais veloz.

Então, foi uma obra feita de forma errada já naquele período. E hoje você tem Álvaro Dias, que passou 6, 7 anos na prefeitura. Teve 7 anos para fazer várias coisas na cidade. E, de repente, é no ano eleitoral que ele começa a dizer que tem obra por todo canto. É uma obra que a prefeitura não fez os estudos necessários, não se interessou sequer em pedir as licenças ambientais, apresentando a documentação necessária.

O prefeito e seu candidato, Paulinho Freire, de forma extremamente truculenta, foram na porta do Idema. Quando ele fez aquilo, eu falei que esse jeito de conseguir uma licença ia dar errado, muita gente disse que por isso eu estava sendo contra a engorda. Mas a obra inicia e eles vão na jazida. A jazida é o local de onde se vai tirar a areia do fundo do mar para fazer a engorda. E não tinha areia suficiente.

Eu queria que as pessoas entendessem a gravidade disso que aconteceu. Você tem um gasto de dinheiro para fazer uma coisa que estava nítida, que não podia ser iniciada, porque não tinha nenhum documento recente demonstrando a disponibilidade. E ainda assim foi feito. É uma obra que o conjunto dela custa mais de 100 milhões de reais.

É um crime o que ele está fazendo com dinheiro público. Todo o gasto que foi feito para mobilizar o início dessa obra, sem que ela pudesse ter iniciado, quem vai pagar o povo de Natal? Então, é muita incompetência e oportunismo. Oportunismo porque ele achava que tinha que começar agora.

Sinceramente, é uma coisa que tem que ser apurada com muito cuidado, porque qual era o interesse de ser [iniciada] no período eleitoral? Era para poder dizer que estava sendo feito? Ou era até pior do que isso? Tinha a ver com os pagamentos que a prefeitura ia fazer nessa época? É muito estranho. É muita irresponsabilidade. Já nós vamos fazer a engorda da forma como ela deve ser feita.

AGORA RN – Como alavancar o turismo?

Natália Bonavides – A primeira coisa é a infraestrutura. Como é que você quer receber um turista bem se o calçadão de Ponta Negra, que, de novo, é o principal cartão postal, ele não tem uma escada decente para você descer do calçadão para a areia? Uma rampa? Os trabalhadores de lá ficam colocando sacos de areia para poder ter onde descer. Hoje, o setor turístico tem duas reclamações que são muito frequentes.
A falta de iluminação na cidade e o transporte. Para ter um setor de bares, de restaurantes, de hotéis que funcione bem, tem que ter como trabalhador voltar para casa depois que esses locais fecham. E o segundo eixo que nós temos, além dessa infraestrutura da cidade, é de diversificar as razões pelas quais o turista vem.

A nossa beleza natural é óbvia, é a primeira razão. Mas olha o tanto de coisa que nossa cidade tem que poderia ser melhor aproveitada. A Segunda Guerra Mundial teve episódios muito relevantes que foram em Natal. Nós não temos um turismo histórico, um roteiro de turismo histórico. Não temos, por exemplo, uma utilização do nosso rio Potengi como oportunidade de passeio.

Nós temos como criar, a partir da ação da Prefeitura, novos nichos turísticos. A gente tem um projeto no plano de governo que é o Natal Cidade Acessível para o Turista. Se nós fizermos ações de adaptação dos pontos turísticos das nossas praias para mobilidade e acessibilidade, inclusive eu mandei uma emenda para o Corpo dos Bombeiros que é para o praia acessível, vai ter inclusive cadeiras anfíbias para cadeirantes poderem tomar banho de mar.

É uma série de medidas que fazem com que uma pessoa com deficiência que queira viajar, por exemplo, passe a considerar Natal como um destino prioritário. E principalmente, o turismo integrado com a comunidade. Hoje tem em Natal experiências como as rodas de samba e as festas religiosas. Tanta coisa que acontece na cidade e que a prefeitura não busca integrar com o setor turístico.

AGORA RN – A sra. acredita que o alinhamento entre o Governo do Estado e o Governo Federal pode colaborar com a prefeitura?

Natália Bonavides – Natal tem agora uma ótima oportunidade de ter uma potencialização dos recursos que venham para cá. Hoje nós estamos vivendo um momento no país em que o governo Lula está buscando reconstruir várias das políticas que o governo Bolsonaro e o governo Temer tinham destruído. E muitas dessas políticas envolvem investimentos em infraestrutura.

No final do ano passado, saiu o edital do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. E a Prefeitura de Natal sequer tinha projetos prontos o suficiente para aproveitar todas as oportunidades que foram abertas. Foram enviadas algumas coisas. E a nossa cidade, inclusive, vai receber. Deixou de receber três creches novas porque tem dez creches inacabadas. Mas se você tivesse um mínimo de planejamento, a prefeitura tinha que ter proatividade para buscar cada ministério, se informar sobre o que estava para ser aberto, preparar os projetos.

No nosso governo, não vai ter um centavo de oportunidade que a gente deixe de trazer para Natal.

AGORA RN – Recentemente saiu uma pesquisa mostrando Carlos Eduardo e Paulinho Freire quase empatados. Mas você acredita no segundo turno com a sua presença?

Natália Bonavides – O segundo turno vai ser com a minha presença. E nem o próprio Paulinho Freire acredita nessa pesquisa da Consult. Inclusive, chega a ser engraçado, porque a forma como eles demonstraram nas suas próprias contas eleitorais que fizeram pagamentos a essa empresa, pagamentos que não correspondem ao preço de pesquisas, deixou ainda mais escrachado como eles estão com a relação, que não é nada republicana e que divulgou um resultado que, eu estou dizendo porque estou andando todo dia em um bairro diferente, que ninguém caiu nessa, ninguém caiu nessa.

Na verdade, isso vem de um aperreio de ver que a nossa candidatura está tendo um crescimento substancial e de forma rápida. Isso é verdade, isso está acontecendo mesmo. E eu não sei com qual dos dois eu vou estar [no segundo turno], mas eu vou estar. E eu sei que historicamente as pesquisas falharam muito e identificaram os votos petistas na nossa cidade. Nós temos vários exemplos. Em 2012, com o deputado Mineiro e em 2020 com o ex-senador Jean Paul.

AGORA RN – Já há uma data para a vinda do presidente Lula?

Natália Bonavides – Lula está com a agenda bem apertada, mas a equipe dele, a assessoria dele, segue dizendo que ele está buscando encaixar essa data. Eu acho que as pessoas, além de terem esse reconhecimento do bom trabalho que ele fez nas outras gestões e está fazendo agora, elas também anseiam para que Natal tenha essa mesma oportunidade.

AGORA RN – Qual é o cenário atual de Natal e como será nos próximos quatro anos?

Natália Bonavides – Hoje o cenário de Natal é triste, porque se você lembrar, há uns 20 anos a nossa população tinha uma autoestima diferente, todo mundo olhava para os estados vizinhos, para as capitais vizinhas, e tinha muito orgulho de dizer que Natal era o lugar que todo mundo queria morar, que era um lugar que você podia ter uma vida tranquila ao mesmo tempo que tinha oportunidade, e a gente achava que era um potencial que em poucos anos ia projetar ainda mais a gente, e isso tudo ficou pelo caminho, ficou pelo caminho como resultado de gestões que desrespeitaram o povo natalense e que fizeram governos que só se importaram com os amigos ricos e poderosos dos prefeitos que lá estiveram. Então, essa sensação de estagnação que as pessoas sentem e comparam com João Pessoa, Fortaleza e Recife, não é só uma sensação subjetiva. Olha os dados do IBGE. Você vai ver que o nosso PIB tem desacelerado, o nosso nível de desemprego é bem maior do que a média nacional. Nós estamos num processo de desindustrialização, enquanto aqui do lado o João Pessoa está conseguindo atrair novos investimentos.

As oportunidades foram para outros lugares, porque prefeitos que se acomodaram em governar somente para benefício próprio, para projetos pessoais de poder, não tiveram uma olhada e visão de futuro. Mas esse ano a gente tem uma oportunidade, e eu sei que, daqui a quatro anos, eu como candidata à reeleição para a Prefeitura do Natal, a gente vai ter uma cidade que já vai ter índices bem melhores na educação, que já vai ter conseguido ter um sistema de transporte que seja funcional para o seu povo, que vai ter aumentado a cobertura de saúde. Natal vai ter um melhor desenvolvimento econômico.

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