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Confira a coluna “Desenrolando a Língua” de sexta-feira 8

08/01/2021 | 07:20

PASSEIO PELO BRASIL

Adjetivos pátrios ou gentílicos são palavras que se referem à procedência, à nacionalidade ou ao lugar de origem de alguém ou de algo.

RIOS
Dos três estados brasileiros cujos nomes começam pela palavra “rio”, somente o Rio de Janeiro traz alusão ao curso de água. Fluminense deriva de “flume”, que vem do latim (flumen). Certamente, havemos de nos lembrar da diferença, na aula de geografia ou de português: água da chuva – pluvial; água do rio – fluvial. “Flume”, “fluvial”, a origem é a mesma. Ambas referem-se a “rio”.

CARIOCAS SÃO BACANAS
Do Rio de Janeiro também nos vem o gentílico “carioca” para identificar os que nascem na capital do Estado. Carioca vem de duas palavras tupis: “kara’iwa” (homem branco) e “oka” (casa). Os índios passaram a usar “casa do homem branco” para se referir à cidade do Rio de Janeiro.

BARRIGA-VERDE
Os catarinenses também são chamados de barriga-verde. O nome vem do colete verde usado pelos soldados de um batalhão de fuzileiros do estado, criado pelo brigadeiro Silva Pais no século 19.

TCHÊ
A palavra gaúcho não é exclusividade do nosso idioma. Ela existe na língua espanhola. Aliás, dizem que nasceu na região platina, entre a Argentina e o Uruguai, para identificar os criadores das zonas rurais que se dedicavam à criação de gado nos pampas. A turma do Rio Grande do Sul gostou e passou a usar também.

EM NOME DO PAI, DO FILHO E…
Quem nasce no Espírito Santo é “capixaba”. Trata-se de mais uma herança dos índios. No tupi, “kapixaba” quer dizer terra de plantação. A região produzia alimentos que abasteciam as tribos indígenas locais.

LUDOVICO
A capital do Maranhão é São Luís. Quem nasce em São Luís goza de privilégio. Tem dois adjetivos gentílicos. Pode ser chamado de são-luisense ou ludovicense. Este último deriva de Ludovico (do germânico Hlodoviko, que tem duas partes: hold (ilustre, afamado) + wig (batalha ou santuário, que originou em francês o antropônimo Louis, Luís em português).

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