BUSCAR
BUSCAR
Economia

Aumento de empregos e do rendimento puxa alta do comércio no Estado

Ciclo virtuoso da economia é responsável também pela queda nos indicadores de pobreza no RN
Redação
13/07/2024 | 08:16

As vendas do comércio varejista ampliado no Rio Grande do Norte tiveram crescimento de 6,8% nos primeiros cinco meses de 2024 no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE. A média nacional é de 4,8%.

Para o superintendente do Conselho Regional de Economia (Corecon/RN), Ricardo Valério, os resultados acima da média nacional são frutos do aumento do emprego, da renda média dos trabalhadores, da redução da taxa Selic e juros, de mais crédito disponível, da desaceleração da inflação, além da queda da inadimplência via Desenrola Brasil.

Aumento de empregos e do rendimento puxa alta do comércio no Estado
Economistas avaliam fatores que explicam aumento nas vendas do varejo no RN, para além da redução do ICMS - Foto: José Aldenir/Agora RN

“Isto está demonstrado, inclusive, no crescimento forte dos supermercados, de mais de 10%, das farmácias e perfumarias de 13,6% e até de bens duráveis como o setor de veículos, que para mim é a grande surpresa apresentada na pesquisa do varejo pelo IBGE, provando que, de fato, estamos num ciclo virtuoso com mais recursos disponíveis nos bolsos da população e aumentos sustentáveis no mercado varejista, além de cada vez mais a nossa Fecomércio vem profissionalizando os lojistas, que respondem com mais empregos, como o ocorrido, agora, em maio/2024, com recuperação de mais 400 postos de trabalho e, no ano, crescimento acumulado de 1.253 novos empregos.”

Ex-coordenador da Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte e atual diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, o economista Aldemir Freire também atribui o crescimento do varejo potiguar ao mercado de trabalho e ao crédito. “A equação é esta: emprego + renda + crédito – inadimplência = mais vendas no comércio”, disse ele, citando dados da pesquisa do IBGE e do Banco Central. “Entre maio de 2023 e maio de 2024, a carteira de crédito para pessoa física no Rio Grande do Norte cresceu 9,11%. Nesse mesmo período, a taxa de inadimplência caiu de 5,84% para 4,65% com reflexos nas vendas do comércio.”

Para Aldemir, atribuir o bom desempenho do volume de vendas do comércio à redução da alíquota modal do ICMS de 20% para 18% não se sustenta. A opinião é compartilhada pelo diretor técnico do Dieese, Ediran Teixeira, que coordena pesquisas sobre comportamento de preços e mercado de trabalho no RN. “Volume de venda tem a ver com renda, com emprego, com aquecimento da economia, e não com ICMS. Um dos sinalizadores da redução do ICMS na economia era a queda da inflação, mas isso não aconteceu.”

De acordo com a pesquisa do IBGE, também registraram aumento expressivo no comércio varejista ampliado, o estado do Maranhão, cujas vendas cresceram 15,6% no acumulado de 2024; Ceará, 8,8%; Paraíba 8,7% e Pernambuco, 8,4%. Todos eles elevaram as alíquotas do ICMS para evitar perdas na reforma tributária.

EMPREGO E CIDADANIA. Nos primeiros cinco meses de 2024, foram abertos no Rio Grande do Norte 8.416 novos postos de trabalho formal. No ano passado, conforme dados dos Caged, o saldo positivo de empregos formais, àqueles com carteira assinada, foi de 22,4 mil.

A melhoria do cenário não se reflete apenas na economia, mas no social também. O Rio Grande do Norte foi o Estado que mais reduziu a extrema pobreza no pós-pandemia, segundo levantamento elaborado pelo Centro de Estudos de Desenvolvimento do Nordeste, vinculado à Fundação Getúlio Vargas.

Em 2023, a taxa caiu para 6,3% da população, a menor entre os nove estados da região. Em números absolutos, 301.555 pessoas saíram da condição mais grave de pobreza, o que representa uma redução de 56,9% no comparativo com 2021.

No ano passado, o Governo federal transferiu R$ 3,4 bilhões a famílias em situação de vulnerabilidade social do Rio Grande do Norte, através do Bolsa Família.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Produção da safra brasileira caiu 7,2% em 2024, estima IBGE
Instituto espera espera crescimento de 10,2% para este ano
14/01/2025 às 18:04
PIX e tributação: o que você precisa saber para evitar problemas com a Receita
Entenda como o PIX pode impactar sua relação com a Receita Federal e evite surpresas
14/01/2025 às 17:25
Governo pretende manter isenção para até dois mínimos no IR em 2025
Proposta será enviada após eleições na Câmara e no Senado
14/01/2025 às 16:48
Governo do Estado comemora crescimento do turismo no Rio Grande do Norte em 2024
Atividade turística retomou números pré-pandêmicos e registra um aumento de 15% no segundo semestre do ano passado em relação ao mesmo
14/01/2025 às 12:19
“Lei do offshore” deve acelerar decisões de investimento e estimular o desenvolvimento, aponta Senai-RN
Lei nº 15.097, sancionada pelo presidente Lula (PT) na sexta-feira 10, estabelece diretrizes para a geração de energia elétrica offshore no Brasil
14/01/2025 às 10:02
Empurrado pelo pré-sal, petróleo assume topo da pauta de exportações
Reservatórios alcançarão pico de produção na década de 2030
14/01/2025 às 09:45
Fiscalização do Pix não afetará autônomos, esclarece Receita
Nada mudará também para quem compartilha cartão de crédito
14/01/2025 às 08:17
RN registra aumento de pequenos negócios em 2024
Pequenos negócios impulsionam diversificação econômica e geração de empregos no RN
13/01/2025 às 12:46
Mercado financeiro projeta inflação de 5% em 2025
Estimativa foi divulgada hoje pelo Banco Central
13/01/2025 às 10:51
Setor naval fecha 2024 com investimentos de R$ 30 bilhões
Volume de recursos é o maior em 12 anos
11/01/2025 às 16:55