BUSCAR
BUSCAR
Economia

Arrecadação federal atinge R$ 208,8 bilhões e bate recorde

Este foi o maior valor arrecadado para um mês de junho desde o início da série histórica, iniciada em 1995. Antes, o recorde era de 2022
Redação
26/07/2024 | 06:00

A arrecadação do governo federal atingiu R$ 208,8 bilhões em junho de 2024, informou a Receita Federal nesta quinta-feira 25. Trata-se de um acréscimo real – ou seja, descontando o IPCA do período – de 11,02% em relação a junho de 2023, quando a arrecadação foi de R$ 188,1 bilhões.

Este foi o maior valor arrecadado para um mês de junho desde o início da série histórica, iniciada em 1995. Antes, o recorde era de 2022, quando a arrecadação ficou em R$ 194,6 bilhões em junho.

No acumulado de 2024, a arrecadação alcança R$ 1,29 trilhão, um crescimento real de 9,08% em relação ao mesmo período (de janeiro a junho) do ano passado.

Em junho, os recursos captados pela Receita, que compreendem a coleta de impostos federais, somaram R$ 200,533 bilhões, uma alta real de 9,97%. Já a arrecadação administrada por outros órgãos somou R$ 8,311 bilhões, crescimento de 44,46%.

Segundo o relatório divulgado pela Receita, a arrecadação no período sofreu a influência dos seguintes fatores: o comportamento das variáveis macroeconômicas, como alta do dólar e crescimento do volume de importações; retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis; tributação dos fundos exclusivos; atualização de bens e direitos no exterior; e a tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul, que resultou na prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos para contribuintes em alguns municípios do estado.

Sem considerar os pagamentos atípicos, a Receita teria registrado um crescimento de 10,72% na arrecadação do mês de junho e 10,37% no acumulado do ano.

O PIS/Pasep e Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 45,177 bilhões em junho, crescimento real de 21,95%. A alta é fruto, principalmente, do aumento de 5% no volume de vendas e de 0,8% no volume de serviços entre maio de 2023 e maio de 2024. Além disso, houve acréscimo da arrecadação no setor de combustíveis, pela exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.

INFLAÇÃO. A prévia da inflação de julho ficou em 0,30%, após a taxa de 0,39% registrada em junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira 25 pelo IBGE, aponta que a maior variação (1,12%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,49% e 0,07 p.p) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% e 0,05 p.p).

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa foi de -0,07%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. Apenas o grupo de Alimentação e Bebidas (-0,44%) e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa.

No grupo Alimentação e Bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio recuou 0,70% em julho. Contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). No lado das altas, destacam-se o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,80% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho). l

Ministro da Fazenda, FeRio Grande do Norteando Haddad: goveRio Grande do Norteo tem batido recordes de arrecadação mês a mês, aponta Tesouro / Foto: divulgação
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad: governo tem batido recordes de arrecadação mês a mês, aponta Tesouro / Foto: divulgação

NOTÍCIAS RELACIONADAS