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Economia

Taxa de juros é mantida em 13,75% mesmo sob ataques de Lula ao Banco Central

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que decisão do BC é “preocupante” para cenário fiscal
Redação
23/03/2023 | 08:44

A Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, foi mantida no patamar de 13,75% ao ano pela quinta vez seguida, confirmando as expectativas do mercado financeiro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira 22 pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que vem sendo constante alvo de ataques do presidente Lula (PT), que cobra redução do índice.

Em nota emitida após reunião, o Copom afirmou que, embora a reoneração dos combustíveis tenha reduzido a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo, ainda permanecem alguns fatores de risco para o cenário inflacionário. Entre as razões para manter a Selic no patamar atual, estão: a maior persistência das pressões inflacionárias globais; a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública; e uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem sendo atacado - Foto: José Cruz / Agência Brasil

Após o anúncio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o comunicado do Banco Central é “preocupante”. Segundo o ministro, o Copom sinalizou que pode voltar a subir os juros, o que pode comprometer, na sua visão, o próprio ajuste fiscal.

“Nós mostramos que as projeções de janeiro estão se confirmando. O Copom sinaliza uma possibilidade de subida da taxa, que já é a maior do mundo. A depender das futuras decisões, podemos comprometer o resultado fiscal”, disse Haddad.