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Opinião

Rogério Marinho e Styvenson Valentim fecham parceria política de olho em 2024 e 2026

Confira a coluna Opinião desta quarta 22
Redação
22/03/2023 | 07:54

A política não para. Os senadores Styvenson Valentim (Podemos) e Rogério Marinho (PL) fecharam uma parceria política que ainda será anunciada em breve. As estratégias serão para 2024 e 2026.
Depois das eleições de 2022, o senador chegou a anunciar que não concorreria à reeleição em 2026 e lançou sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Após chegar ao Senado, Rogério já começa a sinalizar que vai disputar o cargo de governador. Com isso, hoje Styvenson está indeciso sobre 2026.

A estratégia no momento é levar prefeitos ligados a Rogério para pedir ações e emendas no gabinete de Styvenson. O capitão começou a receber os gestores do interior e a mudar radicalmente seu pensamento político.

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Senador Styvenson Valetim durante reunião - Foto: reprodução

Ex-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Babá Pereira (PL), que até o próximo ano é prefeito de São Tomé, já planeja concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa com o apoio do senador Rogério.

Em Brasília, Babá acompanhou Styvenson na sede da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para uma conversa com o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski. Babá quer transformar o senador do Podemos em um nome a favor do movimento municipalista. Apesar de ser oposição ao governo Lula, Styvenson tem R$ 50 milhões em emendas e recursos para encaminhar até o fim do ano.

Os dois senadores já combinam discursos contra a governadora Fátima Bezerra (PT), que deverá concorrer a senadora em 2026. Os DNAs nas rádios e grupos são visíveis.

JUNTAR CACOS

A turma que hoje rodeia a oposição sabe das dificuldades e da desunião que o grupo teve em 2022. Para se ter uma ideia, Fábio Dantas e Styvenson juntos tiveram 39% dos votos. Perderam no 1º turno para Fátima Bezerra, que teve 58,31%. Na última vez que alguém venceu no 1º turno no RN, em 2010, Rosalba Ciarlini teve 52,46%. Já a oposição somou 46,62%: Iberê teve 36,25% e Carlos Eduardo teve 10,37%. Mesmo com o apoio do governo Bolsonaro e de 60 prefeitos, em 2022 Fábio Dantas só teve 22,22%.

CAPITAL

Outra preocupação da oposição será Natal. Antes das urnas do ano passado, o PT nunca tinha vencido na capital potiguar. A governadora Fátima venceu com 49,93%, e o presidente Lula derrotou Jair Bolsonaro nos dois turnos, mesmo com o ex-presidente tendo o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) como principal cabo eleitoral. Agora, o PL estuda lançar um nome da direita para a prefeitura em 2024. Álvaro quer ver um nome seu, e o deputado Paulinho Freire ainda não colocou o bloco na rua.

LÍDER DO GOVERNO

No fim de semana, setores radicais tentaram envolver o nome do deputado estadual Francisco do PT no caso de uma sobrinha dele de Parelhas que tinha como namorado um preso suspeito de integrar facção criminosa. “Não é um momento para esse jogo político. Eu sei o que eu passei para chegar aqui, continuarei firme na minha trajetória de vida sem, em momento algum, negar minhas origens. Mais uma vez, tentam associar a minha história de vida a fatos cometidos por pessoas da minha família. Nunca concordei e nem concordo com fatos errados que membros da minha família venham a cometer. Acho desleal e desumano tentar fazer da disputa política um vale tudo”, disse.

APARTES

Deputados do governo e da oposição demonstraram apoio a Francisco do PT ontem na Assembleia. A solidariedade veio de aliados como Isolda Dantas (PT) e Hermano Morais (PV) e de adversários como Luiz Eduardo (Solidariedade) e Coronel Azevedo (PL). “Quero me solidarizar com o deputado Francisco do PT e dizer que muitas vezes tivemos debates políticos e ideológicos acalorados, mas não se pode desvirtuar dos fatos ocorridos e atribuir a quem não tem culpa, envolvimento com a situação. Receba meu abraço e vamos seguir em frente, lutando unidos para que nosso estado volte à normalidade”, disse o bolsonarista do PL.

SINAIS

Aliás, os deputados começam a sentir os sinais da politicagem que alguns fazem aproveitando o momento que o Rio Grande do Norte passa. O deputado George Soares (PV) disse que a política assiste ao “topa tudo pelo poder”, em que as pessoas usam questões pessoais na luta política. Aliado do governo, ele disse que se solidarizava de público com Francisco do PT e criticou a política do “quanto pior, melhor”. George lembrou que a oposição que hoje culpa a governadora pela crise na segurança pública não culpou nem pediu impeachment do governador Robinson Faria nas crises do governo anterior. George ressaltou o comportamento da oposição nas redes sociais e alertou que “tem político achando que rede social é penico”.

DESACATO?

No estresse da crise de segurança, policiais militares e civis estão passando por cada caso… Um delegado de Macaíba foi provocado e ameaçado na frente da delegacia ontem. “Toda semana um caso diferente. Passaremos a adotar medidas firmes”, disse ao portal Via Certa Natal @viacertanatalrn (assistam no Instagram). Um homem até disse que dispararia um “38” na cabeça do delegado. Pode?

E O LIXO?

Por conta da onda de ataques criminosos, a coleta de lixo em Natal e Mossoró foi reduzida como medida de precaução. Houve incêndios a caminhões de coleta. Mas, os dados das últimas horas mostram diminuição. Com mais de uma semana sem a limpeza pública, alguns bairros dessas cidades têm sido prejudicados com lixo nas ruas e até nas residências. A Guarda Municipal bem que poderia ajudar na segurança das duas cidades. Parnamirim começou a regularizar ontem.

PL MULHER

De Orlando, o ex-presidente Jair Bolsonaro participou ao vivo da cerimônia de posse da esposa, Michelle Bolsonaro, no PL Mulher. Tudo via videochamada, para a ex-primeira-dama e a plateia que acompanhava no Hípica Hall, casa de eventos de Brasília. Além dos colegas de partido, Bolsonaro estava representado no evento pelos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro.

AEROLULA

Nenhum potiguar vai integrar a comitiva que o presidente Lula da Silva (PT) levará à China. E olha que até antigos apoiadores de Jair Bolsonaro vão. Estarão presentes empresários que contribuíram para a campanha do ex-presidente ou de aliados dele, além de parlamentares que deram sustentação à gestão anterior. A pauta de Lula com o presidente chinês, Xi Jinping, “marca o início de uma nova era” nas relações entre os dois países.