Enquanto a base do Morro do Careca segue sem cerca, banhistas da praia de Ponta Negra se aproximam cada vez mais da duna e ultrapassam a sinalização que indica a proibição de subir no morro, atualmente sob perda de sedimentos e processo de erosão. Hoje, os suportes para as cercas continuam no local, mas com bloqueios ausentes, os visitantes da orla ficam dentro da área proibida.
Com a finalidade de conscientizar a população potiguar e turistas que vêm até Ponta Negra, influenciadores vestidos de Homem-Aranha ficam às margens do Morro do Careca e dizem “proteger” o local de pessoas que se aproximam para subir. Recentemente, um vídeo dos “heróis” viralizou nas redes sociais, onde eles chamavam atenção para o forte processo de erosão no morro.
Paulo Victor Freitas é o produtor por trás dos vídeos dos “amigos da vizinhança” e revelou ao AGORA RN a motivação por trás de tudo isso. “A ideia do conteúdo do Aranha Natalense é trazer não só humor, mas também trazer conscientização por meio desse humor. A nossa intenção era basicamente conscientizar para que as pessoas não subissem o morro”, ressaltou. Ele conta que é recriando as cenas do filme Homem-Aranha que a equipe pretende chamar atenção das pessoas e falar sobre o desabamento do morro com mais leveza.
Homens-Aranha fazem alerta no Morro do Careca
Durante as gravações, Paulo Victor e os Homens-Aranha observaram que diversas pessoas ultrapassaram a sinalização e permaneceram dentro da área de contenção. “Quando a gente foi fazer o vídeo, a maré estava um pouco cheia e as pessoas estavam todas adentradas na área de contenção. Fizemos o vídeo rapidamente e saímos, depois a gente percebeu que não é só sobre subir o morro, é também sobre não ficar dentro da área de contenção”, relatou.
Ele relatou, ainda, que entendeu o erro de entrar na área de contenção durante a gravação do vídeo para conscientizar as pessoas que fazem o mesmo, mas alerta que outros banhistas não reproduzam a cena, diante do risco da duna desabar a qualquer momento. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema-RN) enfatiza que estar na área proibida vai além do perigo, pois é também uma infração ambiental.