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Emoção
Médico canta para paciente horas antes de ela morrer internada com Covid-19
Matheus Rocha, 24, cantou versão em português da música "Hallelujah". O momento foi registrado no Hospital de Corrente, em Piauí, nesta sexta-feira, 11, e a mulher morreu horas depois, na madrugada de sábado, 12
O Povo
16/06/2021 | 11:21

O médico Matheus Rocha, de 24 anos, percebeu que uma paciente internada com Covid-9 estava em um quadro crítico. Numa tentativa de confortar a mulher em seus últimos momentos de vida, ele resolveu cantar para ela. O momento foi registrado no Hospital de Corrente, em Piauí, na última sexta-feira, 11, e a mulher morreu horas depois, na madrugada de sábado, 12.

No vídeo, o médico aparece sentado próximo à paciente e canta uma versão, em português, da música “Hallelujah”, de Leonard Cohen. “Foi muito emocionante. Ela ficou com os olhos marejados, cantou junto, teve sua experiência com o divino”, afirma o médico em entrevista ao G1. Para ele, cantar foi uma maneira de se aproximar da paciente no momento.

Segundo Matheus, a paciente, de pouco mais de 60 anos, se emocionou durante a homenagem e tentou cantar junto com ele. O médico cantou mais algumas canções, até que a paciente adormeceu. A situação da mulher era grave e a equipe médica já esperava que ela não sobrevivesse.

“A psicóloga do hospital havia passado o dia inteiro com ela, porque ela tinha perdido um familiar dias antes. Então, ela estava muito abalada, chorosa, e a situação física dela estava deteriorando. Nossa expectativa era de que ela viesse a óbito nas próximas horas”, conta.

Conforto da música

Matheus é cantor de coral e filho de uma regente de coral. O jovem médico já usou a música como instrumento de conforto aos pacientes em outras situações, como durante o período em que atendeu idosos, na ala de geriatria, e gestantes e puérperas, em maternidades.

“Na maternidade, a gente não só cantava como também dançava com as mães, para aliviar dores das contrações”, disse.

Para Matheus, a música também acalma e reaproxima a equipe médica, que também sofre com o cansaço e com a morte de pacientes.

“Quando a gente perde um paciente, a equipe inteira sofre. E como sofre junto, é bom que a gente se apoie. Quando a gente entende que fez tudo que era possível pelo paciente, passa a ver aquele momento como uma etapa daquela vida”, conclui.

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