A ex-deputada estadual Márcia Maia, diretora-presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN), assumiu o comando do PDT no Estado. Nova presidente estadual do partido, ela sucede no cargo o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, que trocou o PDT pelo PSD em maio.
A informação sobre a chegada de Márcia Maia ao comando do PDT foi dada em primeira mão pelo jornalista Túlio Lemos durante o programa 12 em Ponto, na 98 FM, nesta sexta-feira 21. Logo depois, a própria Márcia Maia soltou nota falando sobre o novo partido.
Filha da ex-governadora Wilma de Faria, Márcia Maia estava filiada ao Republicanos, partido pelo qual disputou a eleição de 2022, como candidata a deputada federal. Ela teve 17.696 votos, sendo a 3ª mais votada da legenda. Ela deixou o Republicanos quando o partido passou a ser comandado pelo prefeito de Natal, Álvaro Dias.
A mudança no comando do PDT, realizada na última quarta-feira 19, já está oficializada na Justiça Eleitoral. A nova direção do PDT é ligada ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que entrou na política potiguar pelas mãos de Wilma de Faria. Foi a mãe de Márcia Maia, quando era governadora, que comprou a ideia de Jean Paul de desenvolver o setor energético no Rio Grande do Norte, com fontes renováveis e a revitalização do setor de petróleo. Entre 2008 e 2010, Jean foi, inclusive, secretário no Governo Wilma.
Em nota, Márcia Maia falou sobre a nova opção partidária, registrando que a mãe foi filiada ao PDT. “A luta política verdadeira é um caminho de vida para quem acredita que é possível fazer a diferença. A ex-governadora e minha mãe, Wilma de Faria, acreditava e materializava diariamente este sentimento por meio da trajetória construída por ela em toda a sua vida pública. Hoje, nossos caminhos sempre trilhados de maneira conjunta se perpassam no simbolismo da minha filiação ao PDT – primeira legenda a qual me filiei – e pela qual Wilma foi deputada federal constituinte e prefeita de Natal. Partido que carrega em sua história o legado de Brizola e cujas bandeiras, conteúdo programático e engajamento nas lutas por um país e uma sociedade melhor são um tripé indissociável daquilo que faz um partido político, em sua essência, forte”, afirmou Márcia.
No texto, a diretora-presidente da AGN reforça a conexão com o projeto da governadora Fátima Bezerra (PT). “Aceitei também o convite em nome da parceria e do fortalecimento do grupo político liderado pela governadora Fátima Bezerra que reconhece no partido um parceiro de longa data na luta por uma sociedade melhor, mais justa e democrática”, destacou.
Membro da direção
Também ex-secretário do Governo Wilma de Faria, Vagner Araújo também integra a nova direção do PDT no Rio Grande do Norte, junto com Márcia Maia e outros cinco nomes. No início do mês, Vagner saiu da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Gonçalo do Amarante e anunciou que seria assessor da presidência da Transpetro, empresa ligada à Petrobras.
Investigação
A Polícia Civil prendeu ontem um homem de 22 anos suspeito de estar envolvido no homicídio do guarda municipal Domício Soares Filgueira, que foi morto com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro de 2022, no Parque da Cidade, em Natal. É o 2º suspeito preso. Um 3º é procurado. Domício integrava a segurança do prefeito Álvaro Dias.
Cupido
A reaproximação de Álvaro Dias com Paulinho Freire, materializada no convite do prefeito para que o deputado fosse a um leilão em Caicó no fim de semana passado, foi obra dos vereadores que integram o chamado G16. O grupo subiu o tom com o prefeito e sustentou que o clima áspero entre os dois tinha que acabar.
Pouco espaço
Por falar no G16, o grupo anda incomodado com a possibilidade de ter de dividir uma nominata com assessores do prefeito que devem disputar vaga na Câmara Municipal no próximo ano. Os atuais vereadores alegam que a competição já será grande o suficiente e que não há mais espaço na chapa para abrigar nomes como a secretária Joanna Guerra, do Planejamento, e o diretor de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Educação, Daniell Rendall.
Trunfo
Por falar em Rendall, o diretor é tido como “vereador de férias” no Palácio Felipe Camarão. Não é à toa. O auxiliar de Álvaro Dias comanda um setor que tem 4 mil funcionários terceirizados prestando serviço.
Mutirão
A notícia de que um mutirão do CNJ poderá colocar 263 presos potiguares nas ruas atiçou ainda mais as associações de policiais, que estão há semanas numa disputa com o Governo do Estado para que não seja criado o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura. Em mensagem enviada à coluna, o ex-deputado estadual Subtenente Eliabe, que integra o movimento, criticou o mutirão: “É mais uma medida que fortalece o crime. Simples assim: a omissão do governo em fortalecer o sistema prisional vai colocar nas ruas mais criminosos e com isso comprometer mais ainda a segurança da população. É surreal”.
Bloqueio
A possibilidade de estouro no teto de gastos fez o Governo Lula contingenciar (bloquear temporariamente) mais R$ 1,5 bilhão do Orçamento Geral da União de 2023. O anúncio foi feito ontem pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Lembrando que o teto de gastos só deixa de valer a partir do próximo ano, quando deverá entrar em vigor o arcabouço fiscal, nova regra para controle das despesas públicas no País que aguarda votação final na Câmara dos Deputados.
Homofobia
O Ministério Público do Rio Grande (MPRS) pediu à Justiça que determine a remoção do tweet de Jean Wyllys criticando o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), pela decisão de manter as escolas cívico-militares no estado. Na publicação, Jean Wyllys escreveu que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”. O promotor de Justiça David Medina da Silva afirma que “Jean Wyllys ultrapassou os limites da liberdade de expressão, ofendendo a dignidade e o decoro do Governador do Estado, sobretudo considerando o alcance da publicação”.
Camarada Alckmin
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comparou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com o ditador cubano Fidel Castro. A analogia aconteceu durante o seu discurso de lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), nesta sexta-feira 21, que apresentou novas ações do governo federal para a área da segurança pública. Em tom de brincadeira, o ministro relacionou os 12 anos que Alckmin esteve à frente do Governo de São Paulo com os 49 em que Castro liderou a ilha de Cuba. Após equiparar os dois, Dino o chamou de “camarada”, vocativo utilizado entre membros da esquerda política.
