O ex-prefeito de Natal e candidato ao Senado Federal pelo Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Alves (PDT), ocupou as redes sociais e concedeu entrevista à imprensa para desmentir que é contra o repasse de verbas para os municípios. Depois que ele entrou com ação na Justiça Eleitoral em que acusa o seu opositor – o ex-ministro Rogério Marinho (PL) – de abusos de poder político e econômico, o marketing da campanha de Rogério começou a espalhar que Carlos seria contrário ao destino de verbas federais para os municípios potiguares.
Porém, segundo explicou o advogado Erick Pereira – doutor em Direito do Estado e com várias publicação em Direito Eleitoral -, a ação interposta no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) visa tão somente esclarecer o suposto uso político de verbas federais por parte do candidato Rogério Marinho enquanto ocupou o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional.
Carlos Eduardo Alves disse que é vítima de notícias falsas. “Já esperava que essa campanha fosse tomada por fake news. Afinal, essa é uma prática comum dos nossos adversários. Como eu, prefeito que fui por quatro mandatos, poderia ser contra o envio de recursos para os municípios? Muito pelo contrário. Sou extremamente favorável ao envio de recursos, desde que sejam respeitados critérios”, disse.
E acrescentou: “Os municípios não podem ser discriminados. As cidades que não apoiam o candidato do presidente estão recebendo muito menos recursos do que os aliados. Uma clara perseguição aos que não cederam aos encantos do Orçamento Secreto. Todas as cidades merecem receber o mesmo tratamento no repasse de verbas e vamos lutar por isso no Senado”.
O pedetista ainda deixou claro que a distribuição de recursos é benéfica, porque ajuda a enfrentar os problemas das pessoas. “Eu, senador da República, o ano que vem com a Reforma Tributária, vou levar essa realidade de que a gente precisa mudar essa divisão injusta. Agora, o que não pode é não ter critérios, privilegiar uns em detrimento de outros. O meu compromisso é derrubar o ‘orçamento secreto’, em primeiro lugar não existe nenhuma transparência. Segundo lugar, quem define a prioridade é a Prefeitura? Está certo. E o acompanhamento do órgão do governo federal? Nós temos é que melhorar a situação tributária das prefeituras, e ficar apenas com o orçamento impositivo, que é correto, aonde os deputados federais e senadores de uma forma transparente para ter o acompanhamento e a fiscalização da sociedade, apresente as suas emendas, dizendo que é e o autor, dizendo qual é o valor da emenda e dizendo qual é o objeto”, pontuou.
