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Combustível

Gasolina terá imposto de R$ 0,47 a partir desta quarta 1º, afirma Haddad

Como a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,13 no litro da gasolina, o aumento do combustível na prática será de R$ 0,34 por litro
Redação
01/03/2023 | 08:10

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira 28 a volta da cobrança dos tributos federais sobre combustíveis a partir desta quarta-feira, 1º de março. A desoneração se encerrava nesta terça-feira 28.

Com a reoneração do PIS/Cofins, o litro da gasolina irá aumentar R$ 0,47 centavos por litro, e do etanol, R$ 0,02 centavos por litro. Como a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,13 no litro da gasolina, o aumento do combustível na prática será de R$ 0,34 por litro, segundo o ministro.

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Combustível - Foto: Divulgação

A reoneração, anunciada com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, não é total, ou seja, não recompõe toda a isenção em vigor desde o ano passado, de R$ 0,69 no litro da gasolina e R$ 0,24 no litro do etanol. Haddad afirmou que, para compensar e manter a arrecadação prevista com a volta da tributação, de R$ 28,9 bilhões, o governo vai cobrar o imposto de exportação sobre óleo cru por quatro meses — com arrecadação prevista de R$ 6,6 bilhões.

“A aquisição do óleo cru no exterior não é uma política das empresas petroleiras; é uma política de governo. Entendemos que pode estimular investimento das outras petroleiras, além da Petrobras, no refino e investimentos que podem trazer divisas”, disse Silveira.

Haddad incluiu a arrecadação com a volta da tributação no pacote de ajuste fiscal para reduzir o rombo das contas públicas a R$ 100 bilhões (1% do PIB) em 2023.

Os tributos sobre o diesel permanecem zerados até o fim deste ano.

O ministro afirmou que o preço final da gasolina e do etanol na bomba depende da estrutura do mercado, mas ponderou que o Ministério de Minas e Energia vai entrar em contato com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para evitar que os postos se apropriem do ganho gerado pela redução promovida pela Petrobras nos preços na refinaria.

O ministro da Fazenda afirmou que será criado um grupo de trabalho da pasta econômica, juntamente com o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Planejamento, para garantir maior transparência na atuação da Petrobras e na política de preços praticada pela empresa.

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