Os principais indicadores do mercado brasileiro encerraram esta sexta-feira 5 e a semana no campo positivo, com o alívio doméstico e dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos no radar dos investidores.
O último dia da sessão tem o foco voltado ao payroll, um dos principais indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos, com resultados moderados, reforçando aposta do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).

O desempenho na semana também reflete o arrefecimento de tensões internas após a interrupção dos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, além da reiteração do governo federal em buscar o equilíbrio das contas.
Em evento em Osasco nesta sexta, Lula defendeu gastos na área social, mas voltou a dizer que o país não quebrará porque o governo tem “responsabilidade”.
O dólar engatou a terceira queda seguida e desvalorizou 0,43% nesta sessão, fechando a R$ 5,462.
Na semana, a divisa registrou perda de 2,29%. Esta é a primeira baixa semanal após seis semanas consecutivas de alta.
Em 2024, porém, a moeda ainda acumula elevação de 12,60%.
Apesar do avanço modesto, o Ibovespa garantiu o quinto pregão seguido no azul, com alta de 0,08%, aos 126.267 pontos. Na semana, o índice somou avanço de 1,9%.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta-feira que foram criadas 206.000 postos de trabalho no país em junho, acima da expectativa de analistas da Reuters de 190.000 vagas, mas menor que o número de maio.
O número de vagas para maio ainda sofreu uma enorme revisão para baixo, a 218.000, ante 272.000 relatadas anteriormente. A taxa de desemprego subiu modestamente para 4,1% neste mês, de 4% no mês anterior.
A renda média por hora aumentou 0,3%, como esperado, e abaixo da alta de 0,4% em maio.
Quando somado à moderação dos preços em maio, o relatório confirmou que a tendência desinflacionária está de volta aos trilhos após o aumento da inflação no primeiro trimestre, o que também pode elevar a confiança das autoridades do Fed em relação às perspectivas de inflação.
Os operadores elevaram ligeiramente as apostas para cortes de juros pelo Fed em setembro e dezembro após a divulgação dos dados.
Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.
Com informações da CNN Brasil