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Economia

Dólar fecha semana a R$ 5,46 com alívio doméstico e dados dos EUA; Ibovespa sobe 1,9%

Divisa soma desvalorização de 2,3% e tem primeira queda semanal desde maio após Lula mudar tom de críticas ao BC e reforçar compromisso fiscal do governo
Redação
05/07/2024 | 18:09

Os principais indicadores do mercado brasileiro encerraram esta sexta-feira 5 e a semana no campo positivo, com o alívio doméstico e dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos no radar dos investidores.

O último dia da sessão tem o foco voltado ao payroll, um dos principais indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos, com resultados moderados, reforçando aposta do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Nota de dólar / Foto: REUTERS/Thomas White/Ilustração
Nota de dólar / Foto: REUTERS/Thomas White/Ilustração

O desempenho na semana também reflete o arrefecimento de tensões internas após a interrupção dos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, além da reiteração do governo federal em buscar o equilíbrio das contas.

Em evento em Osasco nesta sexta, Lula defendeu gastos na área social, mas voltou a dizer que o país não quebrará porque o governo tem “responsabilidade”.

O dólar engatou a terceira queda seguida e desvalorizou 0,43% nesta sessão, fechando a R$ 5,462.

Na semana, a divisa registrou perda de 2,29%. Esta é a primeira baixa semanal após seis semanas consecutivas de alta.

Em 2024, porém, a moeda ainda acumula elevação de 12,60%.

Apesar do avanço modesto, o Ibovespa garantiu o quinto pregão seguido no azul, com alta de 0,08%, aos 126.267 pontos. Na semana, o índice somou avanço de 1,9%.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta-feira que foram criadas 206.000 postos de trabalho no país em junho, acima da expectativa de analistas da Reuters de 190.000 vagas, mas menor que o número de maio.

O número de vagas para maio ainda sofreu uma enorme revisão para baixo, a 218.000, ante 272.000 relatadas anteriormente. A taxa de desemprego subiu modestamente para 4,1% neste mês, de 4% no mês anterior.

A renda média por hora aumentou 0,3%, como esperado, e abaixo da alta de 0,4% em maio.

Quando somado à moderação dos preços em maio, o relatório confirmou que a tendência desinflacionária está de volta aos trilhos após o aumento da inflação no primeiro trimestre, o que também pode elevar a confiança das autoridades do Fed em relação às perspectivas de inflação.

Os operadores elevaram ligeiramente as apostas para cortes de juros pelo Fed em setembro e dezembro após a divulgação dos dados.

Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.

Com informações da CNN Brasil

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