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Impacto econômico

Com novo decreto, Abrasel-RN estima que até 8 mil pessoas podem perder emprego no Estado

De acordo com a associação de bares e restaurantes do RN, cerca de 15% das empresas do segmento podem fechar as portas
Douglas Lemos
05/03/2021 | 17:51

O anúncio de novas medidas feito pelo governo do Rio Grande do Norte nesta sexta-feira, 5, que inclui toque de recolher das 20h às 6h do dia seguinte já causou reação em setores no estado. Entre eles o de bares e restaurantes. Em entrevista exclusiva ao Agora RN, Artur Fontes, diretor executivo Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RN) na seccional do Rio Grande do Norte, falou que a medida é prejudicial ao setor e pode causar desempregos e fechamento de empresas.

De acordo com o executivo da Abrasel, caso as medidas sigam de acordo com o definido pelo governo, a expectativa é de que 15% das empresas do setor possam ter que fechar as portas. Fontes ainda estimou que, com o atual cenário, 5 a 8 mil profissionais podem perder os empregos.

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Associação de Bares e Restaurantes no RN pede que mudanças sejam comunicadas com antecedência - Foto: Gettyimages

Ele ainda defende que as medidas sejam anunciadas com maior antecedência. “Temos insumos, produtos perecíveis. Precisamos de tempo para nos planejar”, defendeu.

Fontes defendeu que as medidas são importantes para frear o crescimento de casos de Covid-19 no Rio Grande do Norte, mas acredita que o setor sofreu muitos impactos que não são culpa do segmento. “Nosso setor reabriu em julho [após as primeiras paralisações] e os índices só caíram. Esta conta não é nossa. Mas outras previdências podem ser tomadas. Se é para fechar nosso setor, que se feche todo mundo. Outros setores também podem cortar na própria carne como fizemos”, apontou.

A nossa postura é lúcida. Mas fazer só isso, sem fazer outras coisas não resolve. A gente vai quebrar o setor e não vai resolver o problema [da pandemia]. As empresas não conseguem se proteger.

Artur Fontes, diretor executivo da Abrasel-RN

Segundo o diretor da Abrasel, o momento vivido atualmente no RN é parecido com o que o estado vivia em junho ano passado. “Se a gente faz um paliativo, nos afeta diretamente, nos prejudica economicamente. O maior desafio é que esta situação termine daqui a 10 ou 15 dias. Nossa impressão é que não vai terminar neste prazo”, adiantou.

De acordo com a Abrasel, o presidente da associação se reuniu com representantes da Prefeitura do Natal na tarde desta sexta-feira, 5, para tentar amenizar as medidas ao setor. “Elencamos uma série de previdências que podem gerar pouco impacto financeiro”, disse.

Setor de hotéis também se manifestou

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN) apoiou a decisão do prefeito de Natal, Álvaro Dias, de não decretar lockdown. No entanto, a Associação defendeu que estabelecimentos que não estejam cumprindo protocolos de segurança sejam punidos.

“Não podemos punir os estabelecimentos que estão cumprindo rigorosamente com suas obrigações, seus colaboradores e prestadores de serviço que estão lutando diariamente pela sobrevivência de suas famílias”, dizia a nota.

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