Um ataque com arma de fogo deixou uma aluna morta e três estudantes feridos na Escola Estadual Sapopemba, no Jardim Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda (23).
De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, por volta das 7h30, um aluno de 16 anos entrou no colégio e efetuou diversos disparos. Ele seria vítima frequente de bullying por parte dos colegas da escola.
A aluna que morreu levou um tiro na cabeça. Os feridos foram socorridos e levados para o pronto-socorro do Hospital Sapopemba, com ferimentos no ombro e no tórax. O estado de saúde deles ainda não foi divulgado.
O atirador foi detido por equipes da Polícia Militar e levado para o 70º DP (Sapopemba).
Dezenas de viaturas da PM, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros estão na região.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, chegaram à escola pouco antes das 10h.
A jornalistas eles disseram que câmeras de segurança registraram a ação. O atirador teria atirado na cabeça da vítimas enquanto ela estava de costas, descendo uma escada do prédio.
Mais cedo, Tarcísio lamentou o episódio em um post nas redes sociais.
O Governo de São Paulo afirma que mais informações serão divulgadas em breve.
“Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba, sendo um deles que se machucou ao tentar fugir durante o ataque. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu o autor dos disparos e a arma utilizada por ele”, disse o governo.
A Folha de S.Paulo ainda aguarda manifestação da Secretaria Estadual da Educação.
Outros ataques
No último dia 10, um ataque à Escola Profissional Dom Bosco, em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, deixou um estudante de 14 anos morto e outros três feridos. O ataque foi realizado por um ex-aluno do colégio, que usou uma faca na ação.
O crime aconteceu no horário de saída de alunos. Segundo policiais, o autor do ataque teria afirmado que aproveitou a movimentação de estudantes e pais no local e saiu “esfaqueando aleatoriamente”.
Ele disse à Polícia Militar que buscava vingança por ter sofrido bullying enquanto estudava na instituição.
Em 19 de junho, um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, deixou dois alunos mortos um casal de adolescentes.
O autor do ataque era um ex-aluno de 21 anos. Ele foi encontrado morto dias depois na prisão.
Na manhã de 5 de abril, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças. As vítimas são três meninos e uma menina, com idade entre 5 e 7 anos. Uma machadinha e um canivete foram usados na ação, segundo o tenente Márcio Filippi, comandante do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar).
Conforme a apuração, o assassino chegou à escola em uma moto, pulou o muro e escolheu as vítimas aleatoriamente. Ao perceber que as professoras correram para proteger as demais crianças, ele tentou fugir pulando novamente o muro. Em seguida, se entregou.
Em 27 de março, a professora de ciências Elisabeth Tenreiro, 71, foi morta em um ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Ela era descrita como apaixonada pelas filhas e pelos netos. Um aluno de 13 anos a atacou com uma faca pelas costas.
O agressor também feriu dois alunos e outras três professoras. O adolescente, que era aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido.
FRANCISCO LIMA NETO, ALINE MAZZO E TULIO KRUSE – FOLHAPRESS