09/06/2020 | 00:49
Mais do que produzir incertezas, a pandemia do novo coronavírus estabeleceu como verdade coisas muitas vezes ignoradas até agora, como a necessidade de fusão de negócios com antigos concorrentes e abertura de acordos operacionais para ampliação de mercados e diminuição de custos.
Não que essas estratégias sejam novidades na vida de grandes corporações; elas são novidades para milhares de pequenos negócios, que sempre encararam como rivais pessoas que vendiam os mesmos produtos do outro lado da rua.
Com a pandemia, além de serem obrigados a pensar seriamente na internet, décadas depois de seu surgimento, esses negócios terão de coexistir de maneira mais colaborativa, transformando seus segmentos em verdadeiros polos de produtos e serviços.
Com a crise econômica instalada nas dimensões atuais semelhantes às de um pós-guerra sem escombros, mas com mortos proporcionais a conflitos armados, as regiões deste país de dimensões continentais precisarão entender melhor a palavra “colaboração”.
Perceber que o que falta em um pode ser encontrado em outro e que ambos, unindo esforços, poderão vencer os desafios reservados pelo futuro, numa quebra total de paradigmas e baseada numa mudança radical de mentalidade.
Para isso, precisaremos pensar grande nas opções cada dia mais escassas e ceder, definitivamente, aos apelos da modernidade, há décadas já instalada e em constante desenvolvimento, mas que teimamos em ignorar.
Transformar nossos espaços em unidades logísticas para baratear o preço de mercadorias na ponta; contar com o trabalho remoto como forma de baratear os custos; decidir tudo sem precisar gastar tempo com reuniões presenciais; prospectar negócios e adaptar-se a mudanças são apenas algumas entre muitas questões postas.
Mas precisou uma pandemia para nos alertar de todo o tempo perdido e que precisará ser recuperado num grande processo educativo e colaborativo aplicado ao pós-pandemia.