O ano de 2024 terminou, mas foi marcado por um número alto de desastres naturais. Desde furacões devastadores no Caribe e nos Estados Unidos até a maior seca já registrada no Brasil, as mudanças climáticas extremas causaram milhares de mortes e trouxeram impactos severos à população e ao meio ambiente.
Mas, qual motivo levou os Estados Unidos, agora sob a presidência de Donaldo Trump, ignorar as mudanças climáticas e retirar um dos países mais poluidores do planeta, do Acordo de Paris? Será que os 27 desastres meteorológicos e climáticos que causaram prejuízo de um bilhão de dólares aos americanos, não serve de alerta?
Acordo de Paris é um tratado internacional sobre mudanças climáticas, no qual quase 200 países concordaram em trabalhar juntos para limitar o aquecimento global. Nos EUA, desastres climáticos como secas, incêndios florestais e super tempestades continuam piorando, destruindo propriedades e negócios, afetando a produção nacional de alimentos e impulsionando a inflação de preços em toda a economia.
E a nova Casa Branca ignora as mudanças climáticas, e anunciou a expansão da produção de combustíveis fósseis, maiores impulsionadores do aquecimento provocado pelo ser humano, ao mesmo tempo em que reverte as políticas ambientais e energias renováveis. Mesmo após os incêndios florestais em Los Angeles, na Califórnia, que alastrou e levou destruição por onde passaram. O aquecimento global teve tudo a ver com os incêndios na Califórnia. Gerado pela mudança do clima, trouxe um clima mais quente, há uma mudança no padrão climático da região ainda maior.
Em muitas partes dos Estados Unidos, tempestades severas são esperadas durante o inverno (dezembro a março). Mas, não é tão comum ver o nível de tempestades severas que os americanos testemunharam em 2024. Da Costa do Golfo ao Centro-Oeste, passando pelas Grandes Planícies e até mesmo em estados que raramente são atingidos por tempestades severas. Mas, parece que o interesse político acaba encontrando resistência em outros interesses econômicos.
Rodrigo Rafael, jornalista, Diretor de Representação Institucional da Assembleia Legislativa e tem MBA em Environmental, Social & Governance (ESG) pelo IBMEC/São Paulo.
