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LUTO

Morre aos 76 anos, o delegado da Polícia Civil Maurílio Pinto de Medeiros

Considerado o maior delegado do Rio Grande do Norte, ele dedicou 47 anos ininterruptos à Polícia Civil, onde deixa um legado de competência, talento e honestidade; Velório começa neste domingo
Wagner Guerra - Editor
19/05/2018 | 23:31

Morreu por volta das 21h30 deste sábado, aos 76 anos de idade, por complicações do diabetes, o ex-subsecretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, delegado aposentado da Polícia Civil, Maurílio Pinto de Medeiros. Ele estava internado, desde o dia 22 de março, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São Lucas, onde teve a perna amputada, após uma infecção. Maurílio chegou a precisar de doações de sangue e seu estado de saúde era considerado estável até sexta-feira.

O velório terá início às 6 horas deste domingo no Centro de Velório da rua São José, com missa às 15 e sepultamento às 16 horas, no cemitério Morada da Paz, em Emaús. Maurílio deixa mulher (Clarissa) e quatro filhos (Ana Cláudia, Adriana, Maurílio Júnior e Fabiana).

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Neste sábado, chegaram a noticiar durante à tarde, nas redes sociais, que Maurílio havia falecido. A família desmentiu o boato, mas admitiu que o quadro de saúde do delegado era gravíssimo.

Segundo Ana Cláudia Medeiros, filha mais velha de Maurílio, antes da internação hospitalar, seu pai vinha se queixando de dores no pé, após sofrer uma pancada. “Percebemos que o ferimento estava piorando a cada dia, chegando inclusive a inflamar. Resolvemos, então, levá-lo ao hospital para iniciar o tratamento. O problema é que, devido ao diabetes, ele já apresentava problemas de circulação. Também não estava respondendo satisfatoriamente à medicação. Foi quando os médicos resolveram amputar um dos dedos do pé esquerdo. Só que o problema circulatório continuou e aí foi preciso amputar a perna. Ele chegou a ser entubado e precisou de doações de sangue. A partir daí, vinha se recuperando bem, até ter essa piora”, relatou.

De acordo com ela, desde que Maurílio se aposentou, em 2011, vinha mantendo uma rotina tranquila. “Devido à limitação de mobilidade, por conta do AVC, que comprometeu os movimentos do lado esquerdo, meu pai preferia ficar em casa, curtindo os filhos, netos e bisneta. Sempre estava lendo alguma coisa em seu escritório, recebendo amigos e se atualizando nos fatos cotidianos. Nunca deixou de ajudar a quem lhe pedisse um favor”.

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Arquivo de família

Desde que começou a carreira na polícia, em 1964, como motorista do pai – coronel PM Bento Manoel de Medeiros -, a trajetória de vida de Maurílio Pinto de Medeiros foi sempre marcada com êxito no seu trabalho de investigar e elucidar crimes diversos, desde assassinatos a sequestros.

Para ele, que dizia não temer a morte, somente a covardia humana, não existia crime sem solução. Era contra a pena de morte, mas defendia leis mais duras contra os bandidos. De voz mansa e olhar penetrante, Maurílio foi um policial nato, onde parecia prevê algo, antes de delegar alguma missão a sua equipe de agentes. Na maioria das ‘botadas’ (investidas) que dava, quadrilhas inteiras eram presas.

Considerado o maior delegado do Rio Grande do Norte, ele dedicou 47 anos ininterruptos à Polícia Civil, onde deixa um legado de competência, talento e honestidade.

Mesmo após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), há 17 anos, o “Xerife” – apelido que recebeu dos colegas, após receber o título de xerife e uma insígnia em forma de estrela, durante um curso no Texas (EUA), em 1997 – seguiu no comando da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECAP), levando à prisão, inúmeros criminosos de alta periculosidade. Maurílio também coordenou a Central de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do RN.

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“Mão Branca”

Em 2001, o ex-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Norte, Roberto de Oliveira Monte, acusou Maurílio Pinto, de chefiar um grupo de extermínio responsável por dezenas de mortes, entre as quais a do advogado Gilson Nogueira Carvalho. O advogado foi morto com 17 tiros no dia 20 de outubro de 2001, após denunciar assassinatos e torturas cometidas supostamente por agentes policiais.

A partir daí, o Ministério Público criou uma comissão de investigação independente que, após ouvir mais de 100 testemunhas, teria concluído que “a Polícia Civil e funcionários da Secretaria de Segurança Pública haviam cometido os crimes investigados” e classificou os acusados como integrantes de um grupo de extermínio conhecido como “Meninos de Ouro”, comandado por Maurílio, na época secretário-adjunto de Segurança Pública.

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Foto: Arquivo de família

Em 1997, o então ministro da justiça, Nelson Jobim, pediu ao governador Garibaldi Alves Filho, a exoneração de Maurílio da chefia da Polícia Civil. A solicitação foi atendida pelo chefe do Executivo.

O delegado admitiu alguns erros – ‘mesmo sem maldade’ -, fazer escutas telefônicas sem autorização judicial, mas negou veementemente comandar o suposto grupo de extermínio (Mão Branca).

Contudo, em caso de revide, por parte do crime, Maurílio era incisivo ao concordar que ‘bandido bom é bandido morto’.

Em 2014, ele foi inocentado da denúncia de improbidade administrativa em consequência dos grampos telefônicos.

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