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Proposta

RN tem proposta de consórcio para diminuir superlotação no Walfredo Gurgel

Medida depende de parcerias com cidades estratégicas que poderiam receber os pacientes por meio de um consórcio interfederativo
Redação
18/11/2024 | 12:10

Depois de denúncias realizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) relacionadas à superlotação e escassez de recursos no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) submeteu à Justiça um plano de contingência para organizar novamente o fluxo de atendimento.

Na proposta, algumas das medidas seriam o fim do atendimento ortopédico de baixa complexidade e o redirecionamento de pacientes para a estrutura de “barreira ortopédica”. A iniciativa teria o objetivo de diminuir a superlotação nos corredores do hospital. Essa medida depende, ainda, de parcerias com cidades estratégicas que poderiam receber os pacientes por meio de um consórcio interfederativo.

Ex-PM João Grandão é preso após dar entrada no pronto-socorro do Walfredo Gurgel Foto: José Aldenir - Agora RN
Walfredo Gurgel Foto: José Aldenir - Agora RN

O plano detalhado já foi enviado pela Sesap à 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal. Entre os argumentos, a Secretaria afirma que é necessário desenvolver alternativas de atendimento para casos de complexidade ortopédica menor, principalmente resultados de acidentes de motocicletas no estado.

Cerca de 70% dos casos que chegam à unidade são de baixa e média complexidade, o que, de acordo com a Sesap, ocasiona uma sobrecarga que impede o hospital de focar nas emergências de alta complexidade. Os dados são enfatizados no documento encaminhado à Justiça. Em um trecho do documento é dito que “o plano tem como objetivo fazer o ‘esvaziamento’, o mais rápido possível, dos corredores e anexos do HMWG de forma a trazer um grau de normalidade à assistência hospitalar e controle na regulação da porta”.

Em resposta a essa situação, a Sesap propôs a criação de uma “barreira ortopédica” – uma estrutura regionalizada que seria responsável pelo atendimento de casos ortopédicos de menor gravidade, desonerando o HMWG e permitindo que a unidade se concentre em atendimentos de maior urgência. O plano visa, segundo a pasta, a “normalização” da assistência hospitalar e a melhor regulação da porta de entrada para emergências.

A proposta sugere que a barreira ortopédica funcione 24 horas por dia, sete dias por semana, e atenda uma população de até 1,5 milhão de habitantes. A ideia é direcionar os pacientes com fraturas e traumas ortopédicos de baixa complexidade para essa estrutura, aliviando a demanda do HMWG, que atualmente precisa redirecionar recursos e equipes para atender casos mais graves.

A estrutura da barreira ortopédica incluiria uma Sala de Pequenos Procedimentos, equipada com maca, foco de luz, monitor cardíaco e desfibrilador, além de uma Sala de Gesso, com os materiais necessários para imobilização, e um Centro Cirúrgico Simples, para realizar cirurgias de fraturas de baixa complexidade, como fraturas fechadas ou traumas decorrentes de quedas sem impacto craniano.

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