A expectativa de privatização do Terminal Pesqueiro Público (TPP) de Natal é uma notícia para lá de alvissareira para a economia do Rio Grande do Norte. Entretanto, o fato de esse importante equipamento estar praticamente pronto há 14 anos, mas sem uso, revela o descaso da classe política e empresarial, assim como da elite dirigente do estado, em relação à economia e ao desenvolvimento econômico da região.
Quatro governadores passaram pelo comando do Estado nesse período: Iberê Ferreira, Rosalba Ciarlini, Robinson Faria e Fátima Bezerra. Nenhum deles conseguiu colocar o terminal em operação. É hora de questionarmos por que esse importante ativo permaneceu ocioso por tanto tempo.
Parceira do Governo Federal, a atual governadora, Fátima Bezerra, tem a oportunidade de entrar em campo com todas as forças para, com o setor privado, acelerar o processo de privatização do TPP. Isso é crucial para impulsionar a economia local e gerar empregos.
Além disso, é fundamental reunir os integrantes da cadeia produtiva relacionada ao terminal, incluindo empresários, pescadores, comerciantes e outros atores, para desenvolver uma política de incentivo de excelência ao crescimento desse setor. A colaboração entre o setor público e privado é essencial para o sucesso desse empreendimento.
O exemplo do descaso com o TPP não é um caso isolado. Infelizmente, podemos encontrar situações similares em diversos outros setores do RN. O porto, o aeroporto, as rodovias, o turismo, o desenvolvimento urbano de cidades como Natal e muitos outros aspectos da infraestrutura e da economia do estado têm sido negligenciados ao longo dos anos.
O TPP de Natal é uma infraestrutura estratégica, com vantagens competitivas, como sua localização às margens do rio Potengi, a frota de pesca oceânica na região e a licença ambiental já concedida. Sua revitalização e operação pela iniciativa privada podem impulsionar a indústria pesqueira, criar empregos e fortalecer a economia local.
Além de uma oportunidade econômica, a privatização do terminal simboliza a necessidade de nossa classe política e empresarial priorizar mais o desenvolvimento de nosso estado. É hora de agir de forma mais altiva, colocando os interesses do estado em primeiro lugar.