08/05/2020 | 03:39
A revelação feita nesta quinta (7) pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara dos Deputados, demonstra bem como “bate cabeça” o governo Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, partiu de Bolsonaro a autorização para livrar, por meio de emenda, diversas categorias do congelamento de salários previsto no projeto que trata do auxílio a estados e municípios. Ontem, depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, vir a público dizer de sua insatisfação com o fato de o projeto ter sido desfigurado, o presidente falou que vai seguir o “Posto Ipiranga” e vetar esse ponto do projeto. Vai entender!
Pegou mal
A visita do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal ontem, de última hora e rodeado de ministros e empresários, desagradou a Dias Toffoli, presidente da Corte, e a demais ministros. O gesto soou como intimidatório.
Puxão de orelhas
De maneira sutil, o juiz Francisco Seráphico Coutinho, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, deu uma verdadeira bronca no Seturn, que entrou com uma ação na Justiça pedindo que a Prefeitura do Natal socorresse o caixa das empresas de ônibus. O juiz escreveu, em sua decisão, que as empresas não têm direito de pleitear “equilíbrio econômico-financeiro” porque operam sem licitação.
Ficar para depois
O vereador Luiz Almir (PSDB) protestou nesta quinta (7) contra o envio, pelo prefeito Álvaro Dias, da reforma da Previdência para a Câmara Municipal em plena pandemia do novo coronavírus. De acordo com o parlamentar, o assunto deveria ser discutido apenas quando as sessões presenciais fossem retomadas.
Prazo
O problema é que, exceto se o Ministério da Economia prorrogar o prazo, os estados e municípios têm apenas até o dia 31 de julho para se adequar à reforma da Previdência Geral, que foi promulgada no fim do ano passado pelo Congresso. Sem isso, as prefeituras e os governos estaduais podem ficar sem receber recursos federais.
Covardia
Mesmo admitindo não ter lido o texto, Luiz Almir reclamou do teor da matéria. Disse que subir a alíquota de contribuição dos servidores para 22% seria “dar na cara” do funcionalismo e representaria uma “covardia”. Só que o vereador realmente não leu o texto. A proposta sobe a alíquota de 11% para 14%, não 22%.
Escolha
O vereador Fernando Lucena (PT) diz entender a urgência em torno da reforma da Previdência e não vê problema em votar a proposta até o fim de julho. Ele só quer uma contrapartida da Prefeitura: o adiamento das discussões em torno do Plano Diretor. “Ninguém venha tirar onda com Plano Diretor”, falou ele, durante a sessão de ontem.
Abaixo das expectativas
Até segunda-feira (4), 19.304 empresas haviam tomado empréstimo para financiamento de suas folhas de pagamento, o equivalente a R$ 413,4 milhões. Ao todo, 304.091 empregados foram beneficiados. O número de empresas que aderiram mais que dobrou em uma semana, mas permanece abaixo das estimativas do governo.