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Recursos

‘Não temos como conceder reajuste a nenhum servidor até o fim do ano’, diz secretário

Carlos Eduardo Xavier aponta que gasto com pessoal do Estado cresceu quase 20% em um ano, enquanto receita avançou só 2%
Redação
01/08/2023 | 07:25

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, disse nesta segunda-feira 31 que o Governo do Estado não pode mais conceder qualquer reajuste aos servidores até o fim do ano, sob o risco de as contas entrarem em colapso exatamente como aconteceu em 2018. Na gestão de Robinson Faria, o desequilíbrio nas contas ocasionou atraso de salários e não pagamento de décimo terceiro salário.

“O dinheiro do Estado é finito. Não temos condições de conceder nada a ninguém até o final do ano. Se nos mantivermos assim e a arrecadação crescer como projetamos, conseguiremos honrar nossos compromissos, inclusive o pagamento do décimo terceiro”, declarou, à 96 FM.

Secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier tenta alterar data para repasse dos consignados ao Banco do Brasil | Foto: José Aldenir/Agora RN
Secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, fala sobre desequilíbrio fiscal e impossibilidade de reajuste. Foto: José Aldenir/Agora RN

No fim de semana, Carlos Eduardo Xavier publicou em suas redes sociais um resumo do balanço fiscal do Estado até o primeiro semestre de 2023: enquanto o gasto com pessoal e encargos teve crescimento de 19,82%, a receita arrecadada aumentou apenas 2,49%. A comparação é com o mesmo período do ano passado.

O RN tem um gasto de R$ 100 milhões a mais com folha de pagamento do que a Paraíba, disse Carlos Eduardo Xavier. O número de servidores é praticamente o mesmo nos dois estados. Entre 2019 e 2021, a gestão conseguiu reduzir os gastos com pessoal, mas no ano passado, com a Lei Complementar 194, que reduziu o ICMS de telecomunicações e combustíveis, e a estagnação no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), o desequilíbrio começou.

Reajuste para professores

Após isso, a implantação de 33% de aumento para professores no ano passado, seguido de mais 15% de reajuste este ano, somado às revisões na área da saúde, que está em greve, pioraram a situação. “O piso é justíssimo. Mas se você joga 33% de aumento em cima da maior folha do Estado de cima a baixo, o impacto é gigantesco. Vejo uma desconexão da realidade fiscal do RN com os anseios dos servidores. Não faz sentido uma categoria como a saúde, que teve revisão há pouco tempo, estar fazendo greve por novas concessões”, criticou.

Outro dado que o secretário destaca no relatório fiscal é o gasto especificamente com os profissionais da educação. Atualmente, a remuneração dos professores compromete 86,46% dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – deixando apenas 13,54% para pagamento de custeio e investimentos no setor. No ano passado, o comprometimento do Fundeb com pessoal era de 79,55%. Os dados referem-se apenas aos servidores da ativa, desconsiderando aposentados e pensionistas.

Embora o cenário pareça assustador, o Estado já dá sinais de recuperação na arrecadação. Segundo o secretário, o RN fechou o mês de julho com 20% de incremento no recolhimento de ICMS. As projeções dão conta de um crescimento parecido todos os meses até dezembro. “Contendo o crescimento da folha e tendo recuperação de receitas no segundo semestre, conseguiremos cumprir nossas obrigações”, projeta.

A prioridade máxima, diz o secretário, é correr atrás do incremento da arrecadação até o fim do ano. Entre as medidas adotadas, ele anunciou um novo programa de financiamento de débitos. “Por isso não acredito em atraso de salário até dezembro”, emenda.

“O dinheiro do Estado é finito. Não temos condições de conceder reajuste a ninguém até o final do ano", disse o secretário. Foto: José Aldenir / Agora RN
“O dinheiro do Estado é finito. Não temos condições de conceder reajuste a ninguém até o final do ano”, disse o secretário. Foto: José Aldenir / Agora RN

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