Em meio aos recordes de incêndios no Pantanal, as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Simone Tebet, do Planejamento, defenderam a atuação do governo federal e culparam a ação humana pela origem do fogo. Marina afirmou que o governo começou a atuar preventivamente, em conjunto com o estado do Mato Grosso do Sul, em setembro passado, e que a operação de agora foi antecipada por causa da “junção perversa” dos fatores climáticos.
Já Tebet sugeriu a possibilidade de fazendeiros terem intensificado queimadas como forma de “passar a boiada” antes que a fiscalização aumentasse em função da aprovação da Lei do Pantanal, que recentemente aumentou os parâmetros de proteção ambiental no bioma.
Nesta sexta, as ministras sobrevoaram a região e visitaram a estrutura de combate aos incêndios em Corumbá (MS), município que concentrou 66% dos 3.531 focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inep) desde o dia 1º de janeiro. O valor é um recorde na série histórica, iniciada em 1988. Neste semestre, a quantidade de fogo é 40% maior que 2020, quando um terço da área do Pantanal foi queimada.
A ministra do Meio Ambiente afirmou que 85% dos incêndios aconteceram em propriedades privadas, principalmente nos municípios onde houve mais desmatamento. Em Corumbá, destacou ela, o desmatamento cresceu 50% ano passado.