Aliviada, zen, e sem discurso pronto. Fernanda Torres, indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática por “Ainda Estou Aqui”, está no meio de uma maratona de provas de roupas para a cerimônia que acontece no domingo, numa correria digna de ópera.
A atriz conta que só disputar a categoria é motivo de celebração, uma vez que acha a vitória quase impossível, e adianta que nem pensa em sair do Brasil para fazer carreira internacional.

“A chance de alguém falando português levar um prêmio desse tamanho é praticamente nula”, diz ela à Folha de um hotel no bairro de West Hollywood, em Los Angeles. “Só de estar indicada para uma categoria tão incrível, de atriz em drama, eu já estourei meu champanhe. Então amanhã eu vou para lá com uma sensação de dever cumprido.”
No papel de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, a atriz concorre na categoria com nomes como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Pamela Anderson e Tilda Swinton. “É um ano muito difícil. Varia tanto de prêmio para prêmio, umas atrizes ganham aqui, outras ali. Varia muito porque são muitas performances boas em filmes muito diferentes e muito bons”, diz.
No Globo de Ouro, Torres estará ao lado do diretor Walter Salles e do ator Selton Mello, que vive Rubens Paiva no filme, além dos produtores Rodrigo Teixeira e Maria Carlota Bruno. Eles estão desde setembro em campanha na temporada de premiações, após o longa ter estreado no Festival de Veneza e levado o prêmio de melhor roteiro.
Ainda Estou Aqui”, que já foi visto por mais de 3 milhões de espectadores no Brasil, concorre também ao Globo de Ouro na categoria filme internacional.
“Quando começamos a campanha, vi que a onda ia crescer, e eu me preparei para ser zen. Até agora tenho ido bem”, diz, completando que nem preparou discurso para uma possível vitória.
Com informações da Folha de São Paulo