18/06/2020 | 06:00
Jovem, mas experiente. A potiguar Lizia, de 17 anos, já tem uma bagagem musical extensa – entre vivências e influências diversas, ela compõe as letras e produz os próprios arranjos instrumentais. Nascida no Rio Grande do Norte, Lizia foi criada no Rio Grande do Sul e essa conexão foi importante para o desenvolvimento artístico da cantora.
Aos 8 anos, Lizia começou a tocar piano e violão por influência do pai, que participava da banda do Exército Brasileiro. “A música sempre esteve presente na minha casa”, relembrou. Pouco tempo depois, começou a compor e a gravar canções sozinha, com a ajuda da tecnologia.
Em maio, a artista lançou um EP intitulado “cen$ored”, de maneira independente. Com cinco composições em inglês e uma em português, Lizia quase que desenha o universo lírico que a cerca, uma atmosfera contemporânea.
“Gosto muito de indie, pop e black metal. Costumo escrever em inglês porque é natural para mim, já que sempre ouvi bastante bandas de fora. É uma forma de me mostrar e expor minhas influências autenticamente”, contou.
Influências essas que passeiam entre artistas consolidadas, como Madonna, e revelações, como Aurora. “Também adoro a vibe de Lana Del Rey e Florence And The Machine. Tenho certo apreço por músicas consideradas ‘estranhas’ e underground, ou seja, alternativas ao que já estamos acostumados a ouvir na indústria de maior alcance”.
Ainda no mês passado, a cantora lançou um clipe para o single “Sunflowers”, disponível no YouTube. “O vídeo foi produzido, gravado e editado por mim durante esse período de quarentena”, revelou. Com uma estética divertida, os takes exibem imagens de girassóis, entre coreografias improvisadas.
Canções de isolamento
Lançado no último dia 12, Lizia participou do projeto “Nightbird Apresenta: Canções de Isolamento”, promovido por um selo potiguar de fomento à produção cultural no estado. Entre várias criações locais, a jovem teve uma música escolhida para fazer parte da coletânea. “Optamos por ‘Mother Earth’, que aborda o assunto natureza. Fui influenciada pelas queimadas que estavam acontecendo no país e tive que falar sobre. Fico feliz que foi selecionada para participar de um projeto tão importante”.