O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deve decidir nas próximas duas semanas se o país terá participação direta na guerra entre Irã e Israel. A informação foi confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta quinta-feira 19. As informações são do G1 e da CNN Brasil.
Em declaração à imprensa, Leavitt afirmou: “Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas”.

Segundo ela, Trump mantém a prioridade de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, embora reforce que busca uma solução diplomática. Para isso, qualquer acordo precisaria incluir a interrupção do enriquecimento de urânio e o desmonte das estruturas que poderiam viabilizar armamentos nucleares.
A fala ocorre em meio ao agravamento dos confrontos no Oriente Médio, com sucessivos ataques entre Israel e Irã desde o dia 14 de junho. Trump tem alternado discursos que sinalizam tanto abertura ao diálogo quanto possibilidade real de envolvimento militar dos EUA.
Pressão por entrada dos EUA no conflito
Relatos da imprensa americana indicam que Trump autorizou, de forma preliminar, planos para um possível ataque ao Irã, embora a Casa Branca ainda não tenha confirmado oficialmente. Na quarta-feira 18, o presidente se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional e reforçou que considera ações militares.
Em resposta, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou que qualquer ofensiva americana gerará “consequências sérias e irreparáveis”.
Histórico de aliança e movimentações militares
Os EUA são aliados históricos de Israel e costumam oferecer apoio em situações de conflito no Oriente Médio. Desde fevereiro, Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã, visando um novo acordo nuclear.
Nos últimos dias, o país ampliou sua presença militar na região, com o envio de caças, navios especializados em desminagem e aeronaves estratégicas. Segundo especialistas, esses movimentos indicam uma preparação real para um possível conflito.
“Pela escala dos deslocamentos e pelo tipo de armamento, são sinais claros de preparação para guerra”, avaliou o cientista político Maurício Santoro,
Capacidade bélica dos EUA é decisiva
De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, os Estados Unidos são a única nação capaz de destruir os bunkers subterrâneos que abrigam o programa nuclear iraniano.
“O fim do programa nuclear do Irã é um interesse direto dos EUA. O equipamento militar americano tem capacidade que nem Israel possui”, explicou a doutora em Direito Internacional Priscila Caneparo.