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Conflito

Trump vai decidir se entra na guerra entre Irã e Israel em até 2 semanas, afirma Casa Branca

Presidente norte-americano afirma priorizar solução diplomática, mas não descarta ofensiva militar
Redação
19/06/2025 | 17:10

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deve decidir nas próximas duas semanas se o país terá participação direta na guerra entre Irã e Israel. A informação foi confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta quinta-feira 19. As informações são do G1 e da CNN Brasil.

Em declaração à imprensa, Leavitt afirmou: “Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas”.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Reprodução Instagram
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Reprodução Instagram

Segundo ela, Trump mantém a prioridade de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, embora reforce que busca uma solução diplomática. Para isso, qualquer acordo precisaria incluir a interrupção do enriquecimento de urânio e o desmonte das estruturas que poderiam viabilizar armamentos nucleares.

A fala ocorre em meio ao agravamento dos confrontos no Oriente Médio, com sucessivos ataques entre Israel e Irã desde o dia 14 de junho. Trump tem alternado discursos que sinalizam tanto abertura ao diálogo quanto possibilidade real de envolvimento militar dos EUA.

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Pressão por entrada dos EUA no conflito

Relatos da imprensa americana indicam que Trump autorizou, de forma preliminar, planos para um possível ataque ao Irã, embora a Casa Branca ainda não tenha confirmado oficialmente. Na quarta-feira 18, o presidente se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional e reforçou que considera ações militares.

Em resposta, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou que qualquer ofensiva americana gerará “consequências sérias e irreparáveis”.

Histórico de aliança e movimentações militares

Os EUA são aliados históricos de Israel e costumam oferecer apoio em situações de conflito no Oriente Médio. Desde fevereiro, Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã, visando um novo acordo nuclear.

Nos últimos dias, o país ampliou sua presença militar na região, com o envio de caças, navios especializados em desminagem e aeronaves estratégicas. Segundo especialistas, esses movimentos indicam uma preparação real para um possível conflito.

“Pela escala dos deslocamentos e pelo tipo de armamento, são sinais claros de preparação para guerra”, avaliou o cientista político Maurício Santoro,

Capacidade bélica dos EUA é decisiva

De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, os Estados Unidos são a única nação capaz de destruir os bunkers subterrâneos que abrigam o programa nuclear iraniano.

“O fim do programa nuclear do Irã é um interesse direto dos EUA. O equipamento militar americano tem capacidade que nem Israel possui”, explicou a doutora em Direito Internacional Priscila Caneparo.

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