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Política

Falta de transparência: Taveira deixa gestão sem disponibilizar 33 relatórios

Anderson Quirino destaca desafios enfrentados pela nova gestão devido à entrega incompleta de relatórios e anuncia prioridades emergenciais para saúde, educação e valorização do servidor público
Redação
17/01/2025 | 05:44

O secretário de Administração e Recursos Humanos de Parnamirim, Anderson Quirino, afirmou que a falta de transparência por parte da gestão do ex-prefeito Rosano Taveira (Republicanos) foi um dos maiores obstáculos enfrentados na transição. Segundo ele, a prefeita Nilda Cruz (Solidariedade) e sua equipe enfrentaram grandes dificuldades no início do novo governo, uma vez que apenas 12, dos 45 relatórios exigidos pela resolução do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), foram entregues.

“Nós entramos ‘cegos’ em relação à Dívida Ativa do município, aos parcelamentos, dívidas previdenciárias e tributárias e execução de contratos”, afirmou. E explicou que, devido à falta de informações, a nova gestão precisou agir rapidamente para entender as finanças do município e planejar as ações iniciais. “Levantamos a receita mínima da prefeitura e descobrimos a dívida real do município, que é muito maior do que imaginávamos”, lamentou, em entrevista à Band RN.

Anderson disse que a prefeita determinou que a gestão tivesse duas prioridades imediatas: a manutenção dos serviços essenciais e a reorganização da Prefeitura do ponto de vista fiscal e administrativo. Ele disse que algumas iniciativas estão sendo tomadas de maneira emergencial, especificamente para a saúde pública, em relação à média e alta complexidade

“Por causa da situação de calamidade da saúde pública em urgência e emergência, não estamos fazendo contratos emergenciais, mas processos licitatórios de acordo com a Lei 14.133/2021, com prazos curtos para garantir o fornecimento rápido de medicamentos e exames laboratoriais. Existe uma força tarefa para fazer com que todos esses processos, que numa licitação podem ocorrer de 60 a 90 dias, consigamos fazer em menos de 30 dias”, detalhou o secretário municipal.

Segundo ele, Parnamirim é marcada por uma grande disparidade entre áreas com elevados índices de desenvolvimento humano, como Nova Parnamirim, e bairros como Santa Tereza e Passagem de Areia, que enfrentam condições precárias. Para atender a essa realidade complexa, a prefeita determinou que as prioridades do governo fossem a humanização da gestão, com foco na prestação de serviços essenciais à população mais cuidadosa.

PRIMEIROS CEM DIAS. Anderson frisou que, nos primeiros 100 dias de sua gestão, a prefeita Nilda Cruz determinou ações emergenciais e estruturantes que envolvem saúde, educação e a valorização do servidor municipal. Entre as principais medidas, estão a melhoria do funcionamento da saúde pública e a implementação de condições mínimas para o atendimento essencial.

“Nosso objetivo é garantir que as unidades de saúde básicas (UBS) tenham, no mínimo, os medicamentos repostos, com as equipes formadas, além de manter os serviços da UPA, da maternidade e do Hospital Massa Marinho funcionando plenamente”, afirmou. Ele ainda acrescentou que a gestão planeja abrir as escolas municipais para o início das aulas, que está previsto para fevereiro, e a revisão de contratos, como o transporte escolar, que sempre foi um ponto de crítica.

Segundo ele, para que as medidas sejam eficazes, a prefeita determinou que a administração também se concentre na valorização do servidor público. “Temos um quadro de 6.550 servidores na Prefeitura, e um dos maiores problemas era a demora na resposta a solicitações, como o pedido de férias. Processos que, antes, demoravam dois anos e meio para serem resolvidos, agora devem ser respondidos em até 48 horas”, ressaltou.

Anderson é o secretário de Administração e Recursos Humanos da gestão Nilda / Foto: Divulgação
Anderson é o secretário de Administração e Recursos Humanos da gestão Nilda / Foto: Divulgação

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