24/06/2022 | 11:22
Após o “boom” dos primeiros dias de pré-candidatura ao Senado Federal, recheados de expectativas positivas, alianças importantes e encantamento, o presidente estadual do PSB e deputado federal Rafael Motta, começa a sentir o gosto amargo de uma semana ruim. Após ter seu desempenho praticamente estagnado nas últimas pesquisas de intenção de voto para a corrida ao Congresso Nacional, Rafael ainda amargou a perda do apoio, importante, da deputada Natália Bonavides (PT) – que declarou voto ao pedetista Carlos Eduardo Alves -, e o afastamento do palanque da governadora Fátima Bezerra (PT), após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Analisando a última pesquisa eleitoral divulgada no RN, do Instituto Seta, nesta quarta-feira 22, Rafael Motta obteve apenas 2,9% na pesquisa espontânea – onde não são apresentados nomes dos candidatos e o entrevistado fala o que lhe vem à cabeça quando é questionado em quem pretende votar -, ficando na lanterninha, bem abaixo dos seus adversários políticos, Carlos Eduardo (9,3%) e Rogério Marinho (PL) (com 7,1%). Já conforme a pesquisa divulgada pelo Instituto Brâmane, na última segunda-feira 20, Rafael obteve 8,1% das intenções de votos, atrás de Carlos Eduardo (com 13,7%) e Rogério (12,8%).
O segundo “golpe” sofrido pelo pessebista foi a decisão do TSE desta terça-feira 21, que o afastou ainda mais do palanque da governadora Fátima Bezerra (PT). Agora, ele terá que seguir sua candidatura de forma solitária, isolado e sem o apoio do PT no Rio Grande do Norte. Pela decisão do TSE, os partidos coligados para o cargo de governador devem respeitar a mesma coligação na disputa ao Senado. Ou seja, como o nome referendado pelos membros do PT é o de Carlos Eduardo, Rafael ficou de fora do palanque.
Como se não bastasse esses dois pontos, para completar o inferno astral, o pré-candidato perdeu, nesta quinta-feira 23, o apoio de sua amiga e colega na Câmara Federal, a deputada federal Natália Bonavides. A petista, que disputa a reeleição, declarou apoio a Carlos Eduardo Alves, o que pode piorar ainda mais o projeto de Rafael Motta. Contrária à aliança política entre o PT-PDT no Estado, ela decidiu seguir a orientação do partido, focado em vencer o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Rogério Marinho.
Natália e Rafael são dois jovens políticos, com perfil de eleitor bastante parecidos e, conforme informações de bastidores, perder o apoio da petista na corrida eleitoral poderá acarretar consequências graves para a campanha do pessebista, já que ele poderá não contar com os votos dos eleitores de Natália.