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Política

Em Natal, Bolsonaro volta a questionar resultado das eleições e diz que “não foi o povo” que trocou presidente

Ex-presidente está inelegível justamente por atacar sistema eleitoral
Redação
01/12/2023 | 07:36

Declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques ao sistema eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar o resultado das eleições de 2022, quando perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em discurso nesta quinta-feira 30 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, onde foi homenageado em uma sessão solene pelo Dia do Motociclista, o ex-presidente declarou que “não foi o povo” que decidiu trocar o presidente da República.

Ex-presidente Jair Bolsonaro durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira 30. Foto: José Aldenir/Agora RN
Ex-presidente Jair Bolsonaro durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira 30. Foto: José Aldenir/Agora RN

“Estávamos indo muito bem. Até que resolveram trocar. E esse alguém não foi o povo brasileiro”, afirmou Bolsonaro, após citar realizações de seu governo e se dizer “o ex mais amado do Brasil”.
Em um discurso de cerca de 15 minutos, Jair Bolsonaro falou sobre ações do seu governo, como a execução da transposição do rio São Francisco. Ele listou, ainda, ações que beneficiaram motociclistas, como a ampliação do prazo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o fim da cobrança do seguro obrigatório DPVAT.

O ex-presidente falou que seu discurso não era “choro de perdedor” e pediu para que seus ministros sejam comparados com o do atual governo.

Bolsonaro falou para uma plateia formada principalmente por motociclistas. No plenário, estavam o senador Rogério Marinho (PL) e os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, além de deputados estaduais como Coronel Azevedo (PL), que foi o autor da homenagem.

Crítica à decisão do STF sobre imprensa

Durante o discurso, Bolsonaro criticou também a tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que veículos de imprensa podem ser responsabilizados na esfera civil por declarações de entrevistados que imputem crimes a terceiros, caso deixem de agir com o “dever de cuidado” de desmentir eventual distorção de fatos.

“Tem certas coisas que só se dá valor quando se perde, quando não se tem. Uma dessas coisas é a água do poço, da cacimba. E outra coisa que estão sentindo agora, e estamos agora junto com a imprensa. Eu sempre estive com a imprensa e a imprensa agora vai estar comigo. Chama-se liberdade”, declarou o ex-presidente, durante discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Sem citar o STF, Bolsonaro afirmou que “uma decisão lá de outro poder, que não o Legislativo, decidiu que, se qualquer pessoa der uma entrevista e o jornal publicá-la, se tiver fake news ali, a imprensa vai ser processada”. “E quem vai dizer que é fake news ou não é fake news? Ninguém sabe. Ou alguém indicado por alguém que está no poder, que sempre pregou o controle social da mídia, sempre pregou a censura”, enfatizou o ex-presidente.

Bolsonaro, que foi à Assembleia para receber uma homenagem pelo Dia do Motociclista, continuou: “Isso não dá certo. Uma das últimas palavras que falei quando estava lá ainda em Brasília, no Palácio da Alvorada, foi: ‘vocês vão sentir saudade de mim’. Não é que eu sou o bom não. Também porque o outro é muito ruim”.

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