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Brasil

Ministro diz que apagão foi causado após sobrecarga no CE, não descarta dolo e aciona PF

Cidades ficaram até seis horas sem luz nesta terça-feira; em Natal, trânsito ficou complicado após pane em semáforos
Redação
16/08/2023 | 07:41

O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que um apagão como o ocorrido nesta terça-feira 15, que atingiu 25 estados e o Distrito Federal, é um fenômeno extremamente raro e que só seria observado com a ocorrência de dois eventos concomitantes.

“O que aconteceu hoje, é importante dizer, é extremamente raro, e absolutamente nada tem a ver com o planejamento do sistema e a geração de energia”, afirmou.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva ontem. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva ontem. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro também descartou que o apagão possa ter sido provocado por um evento evolvendo instabilidade na transmissão de energias renováveis, como solar e eólica, que podem sofrer oscilações e são abundantes no Nordeste.

Segundo ele, um dos incidentes ocorreu no Ceará por causa de uma sobrecarga na transmissão, o que fez o sistema entrar em colapso na região. A linha é privada, e Silveira disse que é cedo para divulgar o nome do proprietário.

Ele não soube dizer onde teria havido o segundo problema nem a causa. Segundo ele, os órgãos reguladores têm até 48 horas para divulgar as primeiras análises.

“Não tem outro evento ainda apontado pelo ONS [Operador Nacional do Sistema]. Mas a robustez do sistema leva a presumir que tivemos outro evento que causou um evento dessa magnitude”, afirmou.
Ele reforçou que após os atentados no início do ano, por precaução também determinou que órgãos de investigação façam uma avaliação detalhada para descartar o risco de sabotagem.

“Estou oficiando o Ministério da Justiça para que seja encaminhado à Policia Federal um pedido de instauração de inquérito policial para que apure com detalhes o que poderia ter ocorrido, além de diagnosticar apenas onde ocorreu. Vamos encaminhar tanto à PF quanto à Abin [Agência Brasileira de Investigação] a instauração de procedimentos para apurar eventuais dolos”, afirmou.

Durante a coletiva a jornalistas, Silveira comentou o post da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, que associa o apagão a privatização do sistema Eletrobras, mas não responsabilizou a empresa.

“A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte”, afirmou, mas reforçou a sua posição, argumentando que precisava ser cuidadoso.

“Primeiro que todos conhecem minha posição com relação à privatização. Um setor estratégico para segurança do país, inclusive para segurança alimentar, energética, como um setor elétrico de um país, em especial com a dimensão territorial do Brasil, na minha visão não deveria ser privatizado”, afirmou Silveira.

Em diferentes momentos de sua falta ao longo de 1h30, questionou a privatização da Eletrobras. Em nenhum momento, no entanto, confirmou que a linha privada no Ceará que teria tido problema fosse fosse da Chesf, subsidiária da companhia no Nordeste.

“Eu seria leviano em apontar que há uma causa direta com relação à privatização da Eletrobras. O que não posso faltar é com a coerência, a minha posição sempre foi essa e não vai deixar de ser é que um setor estratégico como esse deve ter a mão firme do estado brasileiro”, afirmou o ministro.

Apagão no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, segundo a Neoenergia Cosern, foram 123 cidades afetadas pelo apagão. Ao todo, foram 800 mil clientes prejudicados, em todas as regiões potiguares. Isso é o equivalente a 35% das cargas.

A primeira ocorrência foi às 8h31 e a segunda às 9h50. Somente às 11h28 toda carga de energia no Rio Grande do Norte estava restabelecida.

Em Natal, o trânsito ficou complicado no centro da cidade porque os semáforos pararam de funcionar. Além disso, o comércio foi afetado com a suspensão no fornecimento de energia.

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