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Brasil
Mauro Cid circula por Brasília após ser solto
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro fechou delação premiada

12/09/2023 | 08:33

O tenente-coronel Mauro Cid foi flagrado na tarde desta segunda-feira 11, pelo repórter Patrick Camporez, circulando por Brasília pela primeira vez, dois dias após fechar uma delação premiada com a Polícia Federal e deixar a prisão, onde ficou durante quatro meses.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência saiu de sua residência no Setor Militar Urbano por volta de 13h30, acompanhado pela mulher, Gabriela Cid.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel pode sair de sua residência ao longo do dia, mas está impedido de deixar a sua casa à noite e aos finais de semana. Além disso, está proibido de manter contato com outros investigados — as exceções são a mulher, a filha e o pai, também alvos de inquéritos. O militar deve ainda comparecer à Justiça toda segunda-feira.

Mauro Cid encontra conhecido

Cid visitou, às 13h45, um conhecido em um prédio localizado a oito quilômetros de distância da sua residência. O edifício abriga apartamentos funcionais que servem de moradia para militares. Questionado sobre a rotina após deixar a cadeia e assinar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens foi lacônico.

Perguntado sobre o acordo de delação premiada, homologado pela Justiça no sábado passado, Cid disse apenas que não queria falar a respeito das investigações, que estão em andamento.
O ex-ajudante de ordens usava tornozeleira eletrônica, vestia calça jeans e camisa polo azul. Após conversar com o conhecido por cerca de vinte minutos, sob a sombra de uma árvore, Cid retornou para a sua casa.

ACESSO NEGADO.

Também ontem, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de acesso, feito por Jair Bolsonaro, ao depoimento de Mauro Cid no inquérito da Polícia Federal que apura o desvio e a revenda de joias do acervo presidencial. Esse depoimento durou mais de oito horas no dia 31 de agosto.

É rotineiro na Justiça que depoimentos prestados em acordos de delação premiada fiquem em sigilo até que algumas revelações sejam verificadas pela polícia ou até que o inquérito seja concluído.

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