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Reinvindicações

Em greve, terceirizados da saúde fazem ato em frente ao Walfredo Gurgel, em Natal

Trabalhadores da saúde que prestam serviço em hospitais do Estado informaram que estão com salários atrasados
Redação
16/09/2021 | 13:40

Os trabalhadores da saúde que prestam serviços pela empresa terceirizada SAFE iniciaram uma greve na última segunda-feira 13 e, na manhã desta quinta 16, realizaram um ato em frente ao hospital Walfredo Gurgel, na capital potiguar. Segundo os trabalhadores terceirizados, o auxílio transporte acabou e a empresa não paga o auxílio do mês, apenas uma parte, paga metade. “Tem trabalhador que está se virando para ir trabalhar. Pedem emprestado, vem a pé, de bicicleta. Tem que se virar, porque se não vir trabalhar, leva falta”, disse um trabalhador que preferiu não ser identificado.

O sindicato que representa a categoria indicou que muitos dos trabalhadores estão com quatro férias atrasadas, além de vale transporte e salários atrasados, trabalhando em péssimas condições, sem data certa para receber seus proventos, sendo castigados pela empresa e pela Secretaria de Saúde do RN. Por conta do problema recorrente, mensalmente esses profissionais ameaçam e já chegaram a decretar greve repetidas vezes, mas até hoje o pagamento dos atrasados desses terceirizados não foi resolvido. Ao ser questionada, a SAFE alega que o Governo do Estado não repassou os valores para a quitação dos débitos com os trabalhadores. Já a Sesap afirma que está em dia com a empresa.

Em greve, terceirizados da saúde fazem ato em frente ao walfredo gurgel
Ato foi na manhã desta quinta-feira 16. Foto: Divulgação

Em um breve relato recebido pelo Sindsaúde/RN, um maqueiro que presta serviços pela empresa e que não quis se identificar, falou sobre o verdadeiro aprofundamento da precarização dos trabalhadores terceirizados: “Alguns de nós estamos com três e outros com quatro férias atrasadas. O que significa que têm trabalhadores que estão esses anos todos gozando as férias sem receber a remuneração equivalente ao 1/3 de férias”, afirma o trabalhador.