25/01/2021 | 15:21
Três ex-presidentes participaram hoje de um evento a favor da vacinação contra a covid-19 promovido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, na capital. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi o único a participar de forma presencial, enquanto Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB) fizeram participações de forma remota.
Segundo o governo paulista, todos os ex-presidentes vivos foram convidados. Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recusaram, alegando que irão respeitar a fila do grupo prioritário, e o senador Fernando Collor (Pros-AL) informou pelas redes sociais que agradecia o convite, mas não iria participar do ato.
“O objetivo do encontro não é político, é institucional, para a valorização da vida, da existência, da saúde e da proteção do povo brasileiro. É o grande sentido que nos une aqui”, disse Doria durante o evento.
Apesar da recusa, Dilma, de 73 anos, disse que aguardaria o seu momento na fila prioritária da vacina contra a covid-19 e estava “com o braço estendido para receber a Coronavac”, numa demonstração de apoio à vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista.
Já Lula, de 75 anos, informou na semana passada que já teve covid-19 e se recuperou fazendo a quarentena da doença causada pelo novo coronavírus em Cuba. O ex-presidente afirmou que está “preparado para tomar a vacina”, mas apenas quando o país tiver “vacina para todos”.
Desde o aval dado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a aplicação da CoronaVac no Brasil, FHC, de 89 anos, tem deixado claro o seu apoio à vacina, que já foi colocada sob desconfiança pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No dia da aprovação do pedido de uso emergencial, no último dia 17, o ex-presidente incentivou pelo Twitter a população a se vacinar com o imunizante do Butantan, e também comemorou o aval para a vacina da AstraZeneca/Oxford, que começou a ser distribuída pelo Ministério da Saúde anteontem.
Com Sarney, atualmente com 90 anos, Doria tem uma relação política que vem desde a década de 1980. Após ser secretário de turismo de São Paulo e presidente da Paulistar na gestão do então prefeito Mário Covas, o atual governador foi presidente da Embratur e do Conselho Nacional de Turismo entre 1986 e 1988, durante o governo de Sarney.