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“Bibi Perigosa do RN”, apontada como líder de facção, é presa no Rio
De acordo com a polícia, após os ataques criminosos no RN, Bibi Perigosa se abrigou no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, dominado pelo Comando Vermelho
Redação
04/04/2023 | 08:08

Apontada como chefe da facção criminosa “Sindicato do RN” e uma das principais articuladoras dos ataques que causaram terror no Rio Grande do Norte no mês de março, Andreza Cristina Lima Leitão, de 31 anos, conhecida como Bibi Perigosa, foi encontrada após trabalho de inteligência e uma semana de monitoramento ininterrupto. Ela foi presa no domingo 2 no Rio de Janeiro.

De acordo com a polícia, após os ataques criminosos no RN, Bibi Perigosa se abrigou no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, dominado pelo Comando Vermelho.

Devido às operações policiais realizadas na localidade, Bibi foi para a Vila Kennedy, comunidade dominada pela mesma facção criminosa. Na noite deste domingo, ela saiu e foi surpreendida pelos agentes no interior de um shopping de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O delegado assistente da DRE do Rio, Rodrigo Coelho, afirmou que “Andreza criou um grupo intitulado Companhia dos Artilheiros que promoveu verdadeiros atos terroristas na cidade de Natal, incluindo assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências.”

De acordo com as informações da polícia, a criminosa assumiu o comando da facção no lugar de seu companheiro, Elinaldo César da Silva, conhecido como “Sardinha”, com quem teve filhos.
Depois da morte de Sardinha, em setembro de 2016, Andreza e o irmão dela, José Alexandre Lima Leitão, conhecido como Espiga, “herdaram” os pontos de comercialização de drogas de fumo de Sardinha na comunidade de Coqueiros.

Ela foi condenada pela Justiça do Rio Grande do Norte a dez anos de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa e se tornou uma das criminosas mais procuradas do estado.

Em 24 de janeiro de 2018, Andreza foi presa em Ponta Negra, em Natal, após denúncia anônima. No fim daquele ano, ela progrediu do regime fechado para o semiaberto e não retornou ao presídio, passando à condição de foragida.

Desde que chegou ao Rio, Andreza usou o nome falso de Rafaela de Freitas Carvalho e foi morar no complexo da Penha, na zona norte, onde tinha a proteção do CV. Na semana passada, para fugir de operações policiais realizadas naquela região, Andreza se mudou para a Vila Kennedy (zona oeste), mas já era monitorada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, que foi responsável por sua prisão.

Vida de luxo no Rio

“Bibi Perigosa” é descrita como uma mulher discreta, mas que não abria mão de uma vida de luxo e que tinha voz ativa no Sindicato do RN.

Segundo fontes da polícia, Andreza agia com o irmão, José Alexandre Lima Leitão, o Espiga, atualmente preso. Ela tem voz ativa e ocupa uma posição no grupo chamado “palavra final”, composto pelos chefes da facção.

São as pessoas responsáveis por tomada de decisão em tribunais do tráfico, por exemplo, caso os bandidos que formam o “conselho” não consigam chegar a um consenso.

Descrita como uma pessoa “muito em off” por ser resguardada, Andreza não abria mão de manter a aparência sempre impecável. Megahair, unhas feitas, roupas da moda e sua grande paixão: as bolsas. No perfil que mantinha no Instagram — apagado após ter a prisão decretada — gostava de exibir sua coleção, formada por cerca de 15 modelos.

De acordo com apuração do jornal O Globo, Andreza morava num edifício de alto padrão com os três filhos que teve com Sardinha.

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