Festas como as de formaturas, aniversários, carnavais, carnavais fora de época e aniversário de Natal são sempre motivos para grandes atrações, afinal, nunca é ruim comemorar. E quando fica tudo lindo e elegante, não tem como não pensar em música para curtir esses momentos. No Rio Grande do Norte, não tem quem fique parado quando sobe ao palco a banda mais requisitada para as festividades do estado.
Formada pelos irmãos Kaká, Junior, Joãozinho e Carlinhos, a Banda Grafith é sucesso no RN desde 1988. Com músicas chicletes e um ritmo único, o grupo já se apresentou nos mais diferentes lugares e festividades do estado. Agora, para garantir mais uma conquista em torno dessas mais de três décadas, o Grafith irá se apresentar no Teatro Riachuelo no dia 3 de maio.

Referência para o povo potiguar em relação a animação e tradição, a Banda Grafith está há 35 anos sendo atração confirmada nas festas locais. Até porque falar de Grafith é falar de inovação, de agregar todos os ritmos musicais e reunir os gostos dos mais velhos, com músicas flashbacks à dancinhas do TikTok. Grafith é isso. As melhores variações da música em um só grupo. Não importa qual estilo o público goste, a banda irá tocar. E no fim, o ritmo musical será apenas um: Grafith!
Para a Cultue, o produtor Júnior Grafith afirma que fazer o show no Teatro é uma realização tremenda. Ele garante que o show é aguardado com muita expectativa pelos irmãos e dispara que “vai para o nosso currículo”.
“Será uma noite marcante. Acredito que com um repertório bem diversificado, um repertório que atenda todas as gerações, para gente contar um pouco da nossa história através da música. Terão músicas que iremos resgatar de anos anteriores, retrô, com flashback, músicas internacionais da atualidade, na voz de Joãozinho e também Kaká, que faz 50% do show cantando um pouco do reggae antigo, alguns TBTs que marcaram o Carnaval de Macau e outras cidades por aí afora”, conta.
Ao longo de todos esses anos, Júnior destaca grandes momentos vividos com os irmãos e a banda, mas, sem dúvidas, as maiores conquistas vêm do público fiel que os seguem em todos os shows: os fãs, carinhosamente chamados de “Grafitheiros”. “Eles criam eventos de reconhecimento, divulgando a banda, todos usando aquela camisa. É tipo uma torcida do Flamengo, do ABC, do América. Vão todos personalizados de um jeito, com maior prazer, pra defender a banda”, diz.
Além disso, o produtor relata histórias marcantes vividas em cima dos palcos, como o primeiro aniversário do Grafith, que contou com grande público. Segundo ele, “foi o primeiro passo na vida que a gente viu que realmente as pessoas estavam com a gente”. Em relação a identificação com a banda, Júnior aponta a criação da vinheta “Gra Gra Gra Grafith!”, reproduzida até hoje nos shows, assim como a cultura da palavra “boy”, que se tornou uma das gírias do estado e também as mensagens de “alô” durante as apresentações.
Ele destaca o momento do pontapé inicial no surgimento da banda, quando os irmãos se juntaram para formar o projeto. Na época, Júnior, Kaká, Carlinhos e Joãozinho faziam parte de uma sociedade na banda Impossíveis e já recebiam reconhecimento. Ao tomarem a decisão de seguirem por conta própria, o nome da banda, escolhido por Kaká, teve relação com cartazes estampados pela cidade.
“Sempre tinha aqueles lambe-lambes nas paredes da cidade, era muito presente. Só que teve um momento em que um jornal que circulava pela nossa cidade publicou uma reportagem falando ‘Essa banda está todo final de semana estampada nas paredes da cidade, parece coisa de grafiteiro’”.
Questionado se em algum momento a separação do grupo chegou a ser cogitada, Júnior disse que não. Para a união permanecer durante tanto tempo, Júnior atribui a uma das maiores inspirações: o pai.
“Nós fomos criados por um pai que nos deu uma personalidade forte. Papai tinha aquela criação militar do Exército, de direcionar palavras. O total de mãos são doze, porque temos o primo que é irmão de criação. Imagina aí, em uma casa de 10 a 12 irmãos juntos, um discutia, e o outro sempre relevava aquelas situações naquele momento de divergência. Claro que nem tudo são flores. Existem momentos em que a gente pode ter uma opinião diferente, discutimos, mas daqui a pouco está todo mundo rindo”.
Atrelado à união da família no ambiente profissional, Júnior comenta que um dos segredos do sucesso está na saúde do grupo e de como eles evitam ingerir bebidas alcoólicas. “O nosso projeto é a academia e saúde. São 35 anos que estamos sempre prezando pela saúde, isso é o que eu falo para muitos jovens. Eu mesmo sou assim”.
Ultrapassando as fronteiras potiguares, Grafith também tem público fiel em estados como Paraíba, Ceará e Pernambuco. O reconhecimento também vem através de figuras importantes do RN que fazem questão de apresentar a banda em outras cidades do país. Recentemente, a atriz potiguar Alice Carvalho usou uma camisa com a foto da banda em um programa da Rede Globo.
Sobre esse momento, o produtor diz que se sentiu surpreso com a homenagem em rede nacional. “Eu estava fora do país quando soube da entrevista de Alice. Foi um reconhecimento que eu fiquei muito feliz. Ela vestir a camisa como uma marca, uma referência que muita gente viu. Poxa, que homenagem”, expressa.
Grafith e a maratona do Carnaval 2024
Em sete dias de folia no Carnaval deste ano, a Banda Grafith realizou 19 apresentações. A maratona foi cumprida com êxito devido a logística montada pelo produtor.
Júnior conta que precisou do apoio e comprometimento de toda a banda. Além disso, precisou gerenciar a logística para não atrasar ou cancelar apresentações. “Aumentei a equipe de trabalho, a equipe de motorista e dupliquei todos os instrumentos e equipamentos técnicos. Onde a gente iria apresentar, onde a gente chegava, em qualquer cidade, o material já estava instalado e os outros equipamentos já estavam sendo transportados para a cidade da apresentação seguinte”.
O produtor destacou a união dos integrantes nesse período. “Eu tinha dito a todos que comessem bem no camarim, porque não iria ter tempo, se todos quisessem cumprir os compromissos. Se eu comer filé, todos iram comer filé, agora se eu tomasse um copo de água, todos iriam tomar também um copo. Todo mundo de forma coletiva disse que topava. Foi uma prova de fogo, mas essa matéria foi paga, bem paga”, finaliza.