O Rio Grande do Norte registrou 1.591 notificações de acidentes de trabalho em 2017, segundo dado da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). A média foi de 4,5 casos por dia.

De todos os casos registrados, 67% dos casos foram causados por acidentes com material biológico. “Os principais setores que causaram acidentes foram a construção civil, a indústria têxtil e o segurança”, diz Daniella Costa, coordenadora do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

Em 2018, até o mês de fevereiro deste ano, já foram notificados 47 agravos, com 34 acidentes de trabalho com material biológico.

O órgão estadual é responsável pelas políticas públicas estaduais de prevenção aos acidentes e doenças relacionadas do ambiente do trabalho. Até o fim do mês, o Cerest irá organizar ações ligadas à saúde do trabalhador.

O evento chamado de “Abril Verde” vai promover encontros, palestras, seminários, debates em referência à segurança e à saúde do trabalhador. “Teremos ações de prevenções às lesões de esforço repetitivo, cuidados com a voz e de investigação de acidentes e sofrimento psíquico no trabalho”, detalha.

“O Abril Verde é um momento oportuno para discutirmos as questões que atingem a saúde dos trabalhadores e buscarmos melhorias nos ambientes e processos de trabalho gerando uma maior qualidade de vida no trabalho”, justifica. Em abril, o dia 28 é o dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trabalho.

Nesta quarta-feira, 4, será feita uma ação prevenção de lesões de esforço repetitivo no Call Center da Riachuelo em Natal.

De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Rio Grande do Norte contabilizou 20 mortes por acidentes de trabalho em 2017. Somente com afastamentos de trabalho causados por acidentes, a despesa total chegou a R$ 10 milhões.