03/04/2018 | 21:02
A crise financeira municipal não está provocando apenas um desgaste político na gestão Carlos Eduardo Alves (que pode ser candidato ao Governo do Estado neste ano), com a dívida que a Secretaria Municipal de Educação possui de R$ 41 milhões com as empresas terceirizadas de mão de obra. Ela provoca, também, um problema econômico diante do atraso no pagamento da capital do Estado. Tanto é que algumas empresas já estão anunciando que não renovaram seus contratos com a Prefeitura.
Uma delas é a Crast, do empresário Caio Honório. Presente na sessão da Comissão de Educação da Câmara nesta semana, ele revelou que espera deixa a parceria com a Prefeitura em novembro. “Já me perguntaram: por que o senhor não saiu do contrato? Termina agora em novembro e, se Deus quiser, eu saio. Eu não tenho só 500 funcionários não. Eu tenho 7 mil. E a confusão que tenho hoje se chama Secretaria Municipal de Educação”, afirmou Honorio, que tem R$ 9 milhões do Município a receber – último pagamento feito pela Prefeitura foi o de novembro.
O empresário, porém, deixou claro que o problema não é a atual gestão municipal, tampouco a estadual. Problema é a crise nacional. “Passamos, estamos passando e ainda vamos passar por algum tempo por um problema nacional. Não estamos vivendo uma insegurança dessa porque alguém quer. É porque não existe recursos. O Estado da gente não tem emprego. O emprego é a administração pública, infelizmente”, acrescentou.