26/01/2018 | 03:00
Ao longo dos últimos anos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte, através da Promotoria de Meio Ambiente, vem acompanhando de perto a situação da orla de Ponta Negra, cobrando melhorias definitivas na região. Atualmente, o ponto turístico sofre com três buracos em seu calçadão, o que tem afastado cada vez mais os turistas e simpatizantes da área.
Uma das ações que precisam ser feitas para melhorar a situação da praia é a execução dos trabalhos de engorda (que consiste na aplicação de um material na água para aumentar a faixa de areia do mar). De acordo com a promotora do Meio Ambiente Gilka da Mata, o Ministério Público vem fazendo um acompanhamento dessa necessidade frequentemente e, inclusive, realizou audiência com partes interessadas já neste ano.
“Trabalhamos em diversas vertentes, uma delas é com relação a esse engordamento, onde formamos uma comissão com o Idema e a Semurb e descobrimos que a Secretaria de Obras precisa cumprir um plano de trabalho. O Ministério da Integração contou, através de perícia, que para poder aplicar a engorda será necessário, antes, refazer o sistema de drenagem atual da praia, por ele ser incompatível com as soluções dos problemas”, disse.
Segundo a Secretaria Municipal de Obras (Semopi), atualmente não existem ações de engordamento em curso em Ponta Negra. A justificativa, no entanto, é justamente a necessidade de se seguir o plano de trabalho citado pela promotora. “Contratamos um estudo para fazer o diagnóstico e ele nos indicou que precisaremos, ainda, fazer a contratação de outros estudos ambientais para viabilizar essa engorda”, disse o secretário Tomaz Neto.
“Posso adiantar que vamos retirar cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos de material que está à 8km da praia de Areia Preta e mandar pra Ponta Negra, colocando numa extensão de 2km”, anunciou ele, que disse, ainda, que o Município vem buscando seguir todas as recomendações dadas pelo MP. Prova disso é que já realizou, segundo o próprio, o isolamento dos buracos existentes na área, conforme pediu a última manifestação do órgão em processo que tramita na Justiça Federal.