29/01/2018 | 14:19
O empresário Marcos Lopes celebrou de maneira peculiar, para dizer o mínimo, a liberação de uma licença operação para a construir condomínio habitacional em uma área próxima à Lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal. Após sete anos de espera, ele, enfim, recebeu o documento do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), mas, antes disso, comemorou a data com bolo e banda de forró.
A folia aconteceu dentro da sede do órgão, na sexta-feira passada, 27, e ganhou repercussão nas redes sociais. A Licença Ambiental de Instalação e Operação (LIO) era necessária para início das obras do Condomínio Eco Residencial Lagoa do Bonfim. O processo foi aberto em 2010, arquivado e só foi retomado em 2017.
Hoje, por conta dos anos de espera, o empresário afirma que não ter recursos para iniciar a construção do condomínio. “Demorou tanto tempo que não há mais recursos. Vou procurar um novo investidor”, informa o empresário.
Ele também é proprietário de um outro condomínio na região, sendo que as licenças para o empreendimento Costa Esmeralda não demoram tanto para sair – pouco mais de dois anos. Também é dono da casa de shows “Forró no Pote”. “O processo passou pelos governos Wilma de Faria (2010), Rosalba Ciarlini (2011-2014) e Robinson Faria (2015-2018). É uma burocracia muito grande, pois poderia gerar empregos”, reclama. Ele avalia que poderia empregar até 240 pessoas com as obras do condomínio.
Ainda segundo Marcos Lopes, a ação na sede do Idema não foi uma crítica, mas uma celebração. Ele empunhou sanfona, tocou clássicos do forró e distribuiu bolo e petiscos entre os funcionários do órgão estadual. “Não era bem uma forma de criticar, mas de mostrar que o processo tinha se encerrado. Eu já conheço todas as pessoas do órgão, e isso de tanto ir até lá para verificar se a licença seria liberada. O ato foi, na verdade, uma comemoração”, afirma.
O empresário explica ainda que o Condomínio Eco Residencial Lagoa do Bonfim seria construído em uma área de 355 mil metros quadrados e contaria com 209 lotes. “Não afetaria as margens da lagoa. É um empreendimento que ficaria nas proximidades de um acesso à lagoa”, detalha.
Ao longo do último ano, de acordo com o instituto, os técnicos assentiram com a liberação do empreendimento no fim do ano passado. A demora do serviço, de acordo com o órgão, aconteceu por conta de diversas adequações necessárias à construção do condomínio. Além disso, o projeto também deveria ficar ajustado aos parâmetros do Plano Diretor de Nísia Floresta.
Em 2017, ainda segundo o Idema, foram liberadas 3.238 licenças de operação. O prazo mínimo é de 30 dias para que o documento seja expedido.